Os ânimos entre Rússia e Estados Unidos voltaram a ficar exaltados em relação às armas nucleares. O aviso foi emitido pelo Ministério das Relações Exteriores russo como resposta ao rearmamento proporcionado pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump.

Em meio à pandemia do coronavírus, a declaração do governo russo veio após os Estados Unidos equiparem um primeiro submarino com capacidade para lançar mísseis balísticos Trident com uma nova ogiva de potência reduzida. A nova arma nuclear representa um terço da força da bomba atômica que atingiu a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.

Os Estados Unidos alegam que o uso dessas armas foi causado pelo próprios russos, que já tinham o aparato, mas não admitiam.

A porta-voz do ministério russo, Maria Zakharova, disse que o movimento “aumenta o risco de um conflito nuclear”.

“Eu gostaria de enfatizar que qualquer ataque de um submarino americano de mísseis balísticos, independentemente de suas características, será percebido como um ataque com armas nucleares”, disse Maria, conforme apurado pela Folha de S. Paulo.

“De acordo com a nossa doutrina militar, uma ação dessas será considerada motivo para o uso retaliatório de armas nucleares pela Rússia”, completou, em entrevista na quarta (29).

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Potências mundiais no setor bélico, Estados Unidos e Rússia travam esses embates desde a Guerra Fria. Período que fez com que os dois países chegassem no atual ponto de possuir 92% das ogivas do mundo, o suficiente para provocar danos em todo o planeta.

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a crise entre os norte-americanos e seus rivais também deu uma escalada. Além disso, a Rússia ainda permanece com exercícios militares corriqueiros, com rondas aéreas e atividades semanais em diversos locais.


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