MOSCOU, 22 JUL (ANSA) – A Rússia respondeu com sanções aos mais recentes pacotes de penalidades da União Europeia contra Moscou, impedindo a entrada no país de “representantes de instituições europeias e de países membros da UE”.
Em nota divulgada nesta terça-feira (22), o Ministério das Relações Exteriores russo acusou o bloco de continuar “a aumentar as medidas restritivas unilaterais e ilegítimas do ponto de vista do direito internacional, que minam as prerrogativas do Conselho de Segurança da ONU”.
“Entre os sancionados, que estão proibidos de entrar em território russo, estão deputados de estados-membros da UE e do Parlamento Europeu que votaram a favor de resoluções e leis antirrussas”, informou a pasta, citando ainda “funcionários da polícia, organizações estatais e comerciais, cidadãos do bloco europeu e de outros países ocidentais responsáveis em fornecer assistência militar a Kiev”, além de “ativistas e representantes da comunidade científica com retórica russofóbica”.
“Ações hostis antirrussas não podem ter qualquer influência na política do nosso país. A Rússia continuará a perseguir os seus interesses nacionais”, concluiu o comunicado, reforçando que “quaisquer novas sanções da UE também receberão uma resposta rápida e apropriada”.
Na semana passada, o bloco europeu anunciou o 18º pacote de sanções contra Moscou, de modo a pressionar o governo de Vladimir Putin a encerrar a guerra na Ucrânia.
O novo acordo incluiu um teto ao preço do petróleo bruto russo, com um valor 15% abaixo do praticado no mercado, medida que também contou com a participação do Reino Unido, além da proibição total de acesso de bancos russos ao sistema de troca de informações Swift, com o acréscimo de 22 instituições do país à “lista negra”.
Também ficou vetada a importação de produtos petrolíferos refinados derivados do petróleo bruto russo e fabricados em qualquer país terceiro, com exceção de Noruega, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Suíça. (ANSA).