A câmara baixa do Parlamento da Rússia aprovou uma lei, nesta terça-feira (25), para aumentar o limite de idade para o serviço militar obrigatório, de 27 para 30 anos, depois que o conflito com a Ucrânia entrou em seu 18º mês.

“A partir de 1º de janeiro de 2024, os cidadãos entre 18 e 30 anos serão convocados para o serviço militar”, diz a lei, aprovada em segunda e terceira leituras pela Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, que é a etapa mais importante do processo legislativo na Rússia.

A medida aumentará o número de potenciais reservistas do exército russo, dos quais Moscou já mobilizou quase 300.000 em setembro de 2022 para sua ofensiva na Ucrânia.

A lei proíbe que os recrutas deixem o território russo a partir do momento em que são convocados.

Para entrar em vigor, o texto terá que ser ratificado pelo Conselho da Federação – o Senado – e assinado pelo presidente Vladimir Putin.

As mobilizações de russos para o exército foram facilitadas em abril por uma lei aprovada às pressas pelo Parlamento russo, que ampliava os meios de envio das convocações.

Quem se negava a atender o chamado era privado de trabalhar para outra pessoa, receber empréstimos ou se desfazer de sua casa ou automóvel.

Até agora, muitos russos que deveriam cumprir o serviço militar obrigatório – de um ano – esquivaram-se das convocações ao deixar de frequentar suas residências oficiais ou subornando a equipe de recrutamento e médicos.

Há meses, o Kremlin desmente que irá lançar uma nova onda de mobilização para a ofensiva na Ucrânia. A última convocação acarretou na fuga de milhares de russos para o exterior.

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