28/04/2020 - 14:24
MOSCOU, 28 ABR (ANSA) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o país continuará em quarentena obrigatória até o próximo dia 11 de maio por ainda não ter atingido o pico da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Anteriormente, a suspensão do funcionamento das atividades consideradas não essenciais iria até o fim de abril. “O número diário de novos casos da doença está relativamente estável. Mas, isso não deve nos acalmar, já que a situação continua tensa. Especialistas e cientistas dizem que o pico ainda não foi alcançado”, disse durante uma reunião por teleconferência com autoridades locais segundo a agência russa Tass.
Para Putin, conforme as informações que recebeu, esse é o período em que o país está enfrentando o momento mais difícil e que “o perigo e a ameaça letal do vírus persiste – e isso serve para todo mundo”. Durante o encontro, o presidente lembrou ainda que o país terá uma série de feriados entre 1º e 9 de maio – com exceção dos dias 6,7 e 8 – e pediu que os empresários mantenham o pagamento dos funcionários normalmente, sem descontar os dias de folga. Já segundo outra agência russa, a Sputnik, o mandatário cobrou que a população tenha “autodisciplina” e mantenha o isolamento mesmo nesses dias de festa. Para aqueles que acreditam que a Covid-19 não é uma doença grave, Putin pediu que acreditem na amplitude do problema e que “não facilitem” a disseminação do vírus.
“A vida humana é inestimável, e nós vamos superar o coronavírus”, acrescentou.
Ainda conforme a Tass, Putin falou aos presentes que as medidas de afrouxamento “não serão feitas de maneira simultânea” em todos os estados porque isso “é simplesmente inadmissível”. O governo, por conta disso, está elaborando um programa “passo por passo” para a liberação gradual dos serviços a partir de 12 de maio.
Até o momento, de acordo com dados do Ministério da Saúde da Rússia, já são 93.558 casos confirmados da doença no país e 867 mortes. (ANSA)