A Rússia afirmou nesta quinta-feira (23) que as novas sanções dos Estados Unidos contra sua indústria petrolífera colocam em risco os esforços diplomáticos para acabar com a guerra na Ucrânia e afirmou que é imune às medidas.
O presidente americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira novas sanções contra as duas maiores empresas de petróleo russas, Rosneft e Lukoil, após lamentar que as conversas com seu homólogo Vladimir Putin para encerrar o conflito na Ucrânia “não levam a lugar nenhum”.
Trump adiou a imposição de novas restrições contra a Rússia durante meses, mas sua paciência acabou após o fracasso dos planos para um novo encontro de cúpula com Putin em Budapeste.
“Consideramos este passo como exclusivamente contraproducente”, declarou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
“Nosso país desenvolveu uma forte imunidade contra as restrições ocidentais e continuará desenvolvendo, com confiança, seu potencial econômico, incluindo seu potencial energético”, acrescentou.
As sanções implicam o congelamento de todos os ativos da Rosneft e da Lukoil nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que proíbem todas as empresas americanas de fazer negócios com as duas empresas de petróleo russas.
A União Europeia (UE) também apresentou uma nova série de sanções para pressionar a Rússia a encerrar a ofensiva de três anos e meio no país vizinho.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, elogiou as sanções americanas, que enviam uma “mensagem contundente e necessária de que a agressão não ficará sem resposta”.
“Esperávamos por isso. Esperemos que funcione, é muito importante”, declarou o presidente ucraniano. “Devemos, junto com a Europa e os Estados Unidos, aumentar a pressão sobre Putin para que termine a guerra”, acrescentou.
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