AÇÕES Gustavo Canutto lidera grupo ministerial que discute ações específicas para o Nordeste (Crédito:Marcos Correa)

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, coordena um grupo de outros ministros que trabalham na criação de uma série de projetos do governo federal para a região Nordeste. Ali está a única região do país em que o presidente Jair Bolsonaro perdeu as eleições, por conta do peso no Nordeste dos programas sociais dos governos do PT. A ideia é reverter esse quadro negativo com ações de várias áreas específicas para os nordestinos. Na segunda-feira 21, o grupo reuniu-se no gabinete do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para uma primeira exposição de Canuto sobre as possibilidades de ações para a região. Participam do grupo ministros como Osmar Terra, da Cidadania; Vélez Rodrigues, da Educação, e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde.

Mais renda

Na área social, um dos fatores que levou à vitória no Nordeste de Fernando Haddad, do PT, é o grande peso que tem na renda da região o Bolsa Família. Assim, um dos projetos é ampliar o benefício, pagando 13º salário às famílias. Reduzir casos de fraudes é entendido como uma vantagem também para aqueles que realmente merecem o benefício.

Mais escolas

Ao mesmo tempo, a ideia é anunciar até o final do primeiro semestre investimentos e ações específicas para a região. Mais escolas, hospitais, obras de infraestrutura, como melhoria de rodovias e ferrovias. Em março, por exemplo, haverá o leilão para projeto de parceria em investimento da Ferrovia Norte-Sul, que sai do Maranhão e vai até São Paulo.

Produtividade

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criou uma ferramenta que checa o rendimento dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a ferramenta, Alexandre de Moraes é o que tem dado maior vazão ao processos sob sua responsabilidade, com índice de produtividade é de 151%. O ministro conclui três processos a cada dois novos que entram em seu gabinete. Em segundo lugar, vem Luís Roberto Barroso, com índice de 107%.

Rápidas

* Em tempos de aumento nos casos de violência contra a mulher, relatório da Controladoria Geral da União (CGU) faz uma triste constatação: é pequena a procura pelo sistema Disque 180 para atendimentos.

* Segundo o relatório da CGU, o governo federal tem gasto cerca de R$ 59 milhões ao mês de forma desnecessária na central que atende a mulheres vítimas de violência. Os atendentes ficam ociosos durante o tempo equivalente a esse gasto.

* O Senado vai comprar 130 novos notebooks. O certame está orçado em R$ 908 mil. De acordo com a justificativa da Casa, a compra é necessária para substituir máquinas antigas que ficaram obsoletas.

* Para desviar o foco de críticas ao governo ou para surfar na audiência, estão sendo postados como respostas anúncios eróticos. Numa resposta ao senador Roberto Requião (MDB-PR), foi postada uma foto de agência de acompanhantes. “Só vintão”, dizia o anúncio.

Retrato falado

“Boas matérias a todos!” (Crédito:FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS)

Enquanto na quarta-feira 23 o presidente Jair Bolsonaro cancelava em Davos, na Suíça, a entrevista coletiva que concederia, em Brasília o vice-presidente Hamilton Mourão postava em seu twitter um elogio à imprensa. Mourão se mostrava impressionado com a disposição dos jornalistas que fazem plantão na entrada que leva ao seu gabinete. “Quero agradecer e cumprimentar pela dedicação, entusiasmo e espírito profissional”, escreveu o vice no seu perfil na rede social.

Óculos para deficientes

No final do ano passado, o atacante Deyverson, do Palmeiras, presenteou o menino Nickollas, seu fã cego de 11 anos, com um óculos de realidade virtual que lê textos de livros para quem o usa. Representante no Brasil da marca israelense que produz o equipamento, o empresário Humberto Zamebetti. Ele está otimista com a abertura do mercado brasileiro proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, com o olhar dedicado aos portadores de deficiência da primeira-dama Michelle Bolsonaro abra maiores espaços para que outras pessoas além de Nickollas tenham acesso aos óculos. Zamebetti conversa com representantes do governo nesse sentido em busca de parceria.

Financiamento

Os óculos que Deyverson deu a Nickollas custam R$ 19,9 mil. Mas 30% desse valor são impostos. Zamebetti propõe que o valor desses encargos seja revertido para um fundo que financie estudantes carentes com deficiência para que eles tenham acesso aos óculos e outros equipamentos.

Toma lá dá cá

Simone Tebet (MDB-MS) (Crédito:Marcos Oliveira)

A senhora será a candidata do MDB à Presidência do Senado e vai enfrentar Renan Calheiros?
Estamos conversando com vários parlamentares e obtendo vários apoios. Liguei para o Renan informando da minha candidatura e ela não é fruto de uma vontade pessoal. É fruto da vontade de vários senadores que têm me incentivado.

Uma disputa com Renan gera desconforto?
Da minha parte não há desconforto algum. Colegas têm nos alertado que não somente é importante manter a legitimidade do MDB no Senado como também é necessário atenuar uma possível hegemonia do DEM nas presidências da Câmara e Senado, se os presidentes vierem a ser no Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e na Câmara Rodrigo Mais (DEM-RJ). Me coloco como uma alternativa viável.

Ibaneis e o MDB

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, é candidato à Presidência do MDB. Seria, ele defende, uma sinalização na linha do desejo de renovação que o eleitorado demonstrou nas eleições do ano passado, que, inclusive, influiu na sua vitória. Ibaneis afirma ter o apoio do ex-presidente Michel Temer na aspiração, e também de José Sarney e Romero Jucá.

Marcelo Camargo/Agencia Brasil (Crédito:Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

Contra Renan

O trio estaria ainda empenhado em evitar o crescimento no partido de Renan Calheiros (AL). Renan conseguiu se reeleger senador e apoiou em seu Estado a candidatura de Fernando Haddad, do PT. Nesse sentido, Temer, Sarney e Jucá trabalham nos bastidores em favor da candidatura de Simone Tebet (MS) para presidir o Senado.

Kim popstar

Tiago M. Chiaravalloti/Frame

Kim Kataguiri desistiu de ser candidato à Presidência da Câmara talvez por não ser popular o suficiente entre seus colegas. Sua performance, porém, com turistas que visitavam o Congresso na quarta-feira 23 foi bem diferente. Tirou diversas fotos, deu autógrafos, foi tratado como ídolo por diversos fãs.