O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é acusado de censura ilegal em um processo movido pelas empresas Trump Media, pertencente ao chefe do Executivo estadunidense, e a Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos. A ação foi ajuizada na Justiça dos Estados Unidos.
O processo, apresentado na Corte Distrital dos EUA em Tampa, na Flórida, alega que ordens anteriores do ministro do STF “censuram o discurso político legítimo nos Estados Unidos”.
O STF e o gabinete de Moraes não se manifestaram sobre o caso. Nos últimos anos, Moraes emitiu decisões bloqueando contas de rede social.
O que é Rumble?
Fundada em 2013 pelo empresário canadense Chris Pavlovski, a plataforma surgiu como uma alternativa ao YouTube, mas só ganhou maior notoriedade em 2020, durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Diferentemente do Youtube, o Rumble não utiliza algoritmos para impulsionar ou filtrar conteúdos, segundo seus criadores.
Com a prerrogativa de ser uma rede social adepta da liberdade de expressão irrestrita, a plataforma passou a abrigar influenciadores de extrema-direita no Brasil, como Rodrigo Constantino, Monark e Allan dos Santos.
Este último faz parte do mote principal do processo. Segundo as empresas, Moraes violou a legislação americana ao suspender a conta do blogueiro bolsonarista na Rumble.
Allan dos Santos é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por disseminação de desinformação e ataques a ministros da Corte. Embora exista um mandado de prisão preventiva contra ele, o blogueiro encontra-se nos Estados Unidos, fora do alcance da Justiça brasileira, e é considerado foragido.