Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Rui Costa criticou PF para Lula por ter aberto guerra com atual cúpula da Abin

O ministro Rui Costa, da Casa Civil, criticou a Polícia Federal para Lula por ter, na avaliação dele, aberto uma guerra contra o atual comando da Abin

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 03/12/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Casa Civil, Rui Costa Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Rui Costa, da Casa Civil, criticou a Polícia Federal para Lula por ter, na avaliação dele, aberto uma guerra contra o atual comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no caso da espionagem ilegal. Na visão de Rui, o vazamento do relatório que citava suspeitas contra a cúpula da agência expôs o governo, já que foram nomes escolhidos na atual gestão.

A Abin atualmente é subordinada à Casa Civil e o diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, desenvolveu boa relação com Rui Costa, mas sempre teve um canal direto com Lula, em cujo segundo governo foi diretor-geral.

Ontem, Luiz Fernando Corrêa e o ex-diretor-adjunto do órgão Alessandro Moretti prestaram depoimento à Polícia Federal sobre o caso da Abin paralela, durante o governo de Jair Bolsonaro. A PF apura também se integrantes da cúpula da agência indicados já no governo Lula interferiram ou prejudicaram as investigações sobre o caso, dificultando o acesso dos policiais a dados.

Não é a primeira vez que Rui Costa critica a atuação da PF. Agora, o ministro avalia que a guerra da Polícia Federal contra a atual gestão da Abin expõe o governo.

No início de 2023, outro motivo de disputa de Rui Costa com a PF foi a segurança de Lula. O ministro queria que o GSI ficasse responsável pela segurança de Lula e não a corporação. Vale, agora, um modelo híbrido que é controlado pelo GSI.

Rui Costa se irritou também, em 2024, com o com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, por considerar que ele não vinha tratando com a devida atenção o inquérito, que corre na Superintendência da PF na Bahia, sobre a irregularidades na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, durante a pandemia da Covid-19.

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