Rubio diz que não irá à reunião do G20 na África do Sul

ROMA, 6 FEV (ANSA) – O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que não irá participar da reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20 na África do Sul, em 20 e 21 de fevereiro.   

“A África do Sul está fazendo coisas muito ruins.   

Expropriação de propriedade privada”, escreveu Rubio no X. “O meu dever é promover o interesse nacional americano, não desperdiçar dinheiro dos contribuintes ou adular o antiamericanismo”, acrescentou.   

A decisão de Rubio chega após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar cortar financiamentos futuros à África do Sul após a aprovação de uma lei que permite a apreensão de terras sem compensação em determinadas circunstâncias.   

Segundo o magnata, o país “está confiscando terras e tratando certas classes de pessoas muito mal”. No entanto o chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, defendeu a política fundiária local.   

“O governo da África do Sul não confiscou nenhuma terra. A Lei de Expropriação adotada recentemente não é um instrumento de confisco, mas um processo legal e constitucionalmente obrigatório que garante o acesso público à terra de forma justa e equitativa”, disse Ramaphosa.   

As declarações de Trump fazem referência à complexa reforma agrária no país africano, onde políticas racistas do apartheid privaram negros de suas terras e as entregaram para a minoria branca, situação que se reflete até os dias de hoje.   

Desde a democratização, nos anos 1990, a Constituição nacional conta com um artigo sobre a redistribuição e restituição dessas áreas. Em janeiro, Ramaphosa sancionou uma lei que estabelece novas diretrizes para a expropriação de terras, incluindo a possibilidade de fazê-lo sem indenizações, como nos casos de inutilização ou de riscos para as pessoas.   

(ANSA).