Rubio culpa ‘juízes radicais’por condenação de Uribe na Colômbia

BOGOTÁ, 29 JUL (ANSA) – O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, criticou a condenação do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe por suborno de testemunhas e fraude processual na última segunda-feira (28), afirmando que o judiciário do país tornou-se uma arma política.   

“O único crime de Uribe foi lutar e defender incansavelmente sua pátria. A transformação do judiciário colombiano em arma política por juízes radicais estabeleceu um precedente preocupante”, escreveu o norte-americano no X.   

A mensagem de Rubio foi acompanhada pela publicação da congressista María Elvira Salazar, deputada republicana da Flórida, que fez referência às recentes decisões da juíza Sandra Heredia: após mais de sete horas de audiência, a magistrada condenou Uribe por corrupção e fraude processual.   

“Hoje, a justiça não foi feita na Colômbia. Uma infâmia foi cometida contra Álvaro Uribe, o homem que salvou o país do terrorismo e enfrentou as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) quando ninguém mais ousou”, enfatizou a deputada.   

Segundo Salazar, o ex-presidente colombiano é condenado “porque ele se recusou a se comprometer com criminosos, porque ele é um obstáculo para a esquerda radical que quer tomar o poder e transformar a Colômbia em uma nova Venezuela”.   

“É o mesmo roteiro do castro-chavismo: perseguição política contra qualquer um que se oponha às suas agendas radicais”, concluiu a deputada, acrescentando que nos Estados Unidos, é preciso levantar “nossas vozes: Uribe não está sozinho.   

Colombianos decentes e amantes da liberdade estão com ele!” Aos 73 anos, o líder do partido opositor Centro Democrático tornou-se o primeiro ex-presidente colombiano condenado criminalmente, após ser considerado responsável, em primeira instância, pelos crimes de suborno em atuação penal e fraude processual. Com a decisão, ele pode enfrentar uma pena de quatro a oito anos de prisão.   

O processo foi iniciado em 2012 após Uribe processar o senador de esquerda Iván Cepeda na Suprema Corte por suposta manipulação de testemunhas. No entanto, a denúncia acabou se voltando contra o próprio ex-presidente. (ANSA).