Resumo:

  • Dois meninos, de 11 e 13 anos, foram agredidos dentro de um mercado em Caxias do Sul, RS.
  • A denúncia foi feita anonimamente para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
  • O vídeo mostra os meninos cercados por dois funcionários, um deles segurando uma faca.
  • Os meninos foram ouvidos na delegacia e encaminhados para uma escuta especializada com uma psicóloga.

A Polícia Civil investiga o caso de dois meninos, de 11 e 13 anos, que foram agredidos dentro de um mercado, localizado em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. Um vídeo enviado para a corporação mostra o momento em que o gerente do estabelecimento ameaçou a criança e o adolescente por causa de um suposto furto.

Em entrevista à IstoÉ, a delegada Thalita Giacometti Andrich, que é a responsável pelo caso, informou que no dia 16 de março a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caxias do Sul recebeu as imagens por meio de uma denúncia anônima.

O vídeo enviado à delegacia mostra os dois meninos sentados no chão rodeados de dois funcionários, um deles segurando uma faca na mão.

Em um determinado momento o gerente do mercado perguntou: “Quais os dias que vocês estão roubando aqui?”. Um dos meninos respondeu: “Eu não fiz nada!”

“Que tu não fez nada! Eu te corto agora! Lambe isso aí, que eu não quero sujeira! Vai limpa tudo!”, gritou o gerente.

A delegada informou que, após analisar as imagens, identificou o local onde as agressões ocorreram e ouviu os responsáveis pelo estabelecimento. “Na sequência, foi obtida a identificação dos meninos e foram ouvidos na unidade policial os responsáveis pelo dois garotos. Depois, a criança e o adolescente foram encaminhados para uma escuta especializada com uma psicóloga no Centro de Referência de Atendimento Infantojuvenil (CRAI) de Caxias do Sul”, acrescentou.

Depois, os dois envolvidos no caso também foram localizados e ouvidos na delegacia.

“No momento, nós estamos trabalhando com os fatos que aparecem no vídeo e aguardando o resultado da escuta dos dois meninos com a psicóloga. Porém ainda estamos tentando entender a complexidade do caso, para assim chegarmos em uma tipificação legal sobre quais crimes os funcionários podem responder”, finalizou.