O julgamento de Elizamar de Moura Alves, de 36 anos, acusada de matar o marido Erni Pereira da Cunha, de 43 anos, começou nesta quarta-feira (27), em Camaquã (RS). Em maio de 2021, a mulher foi presa após confessar que dopou e assassinou o marido dentro de uma fornalha em Dom Feliciano (RS). O crime ocorreu em fevereiro do ano passado. As informações são do G1.

Elizamar é acusada dos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Em nota ao G1, a defesa de Elizamar afirmou que tem convicção de que ela é “na verdade uma vítima de violência doméstica que agiu em legítima defesa da própria vida e de seus filhos, de modo que a absolvição será o desfecho natural”.

Durante o julgamento, o júri deve ouvir os promotores de acusação, a ré, três testemunhas de acusação e três testemunhas de defesa.

Relembre o caso

Em depoimento à polícia, Elizamar admitiu ter arremessado o marido em uma fornalha usada para secar fumo. Antes disso, ela teria dopado o produtor rural com sedativo. O corpo do homem teria sido queimado durante três dias. A mulher alega que era vítima de violência doméstica.

O casal estava junto havia 21 anos e tinha dois filhos, um de 20 e uma de 16 anos. “Ela relatou que foi agredida e ameaçada durantes esses 20 anos, e que recentemente o homem teria ameaçado agredir também os filhos, o que ela disse que não admitiria. Por isso, afirmou que cometeu o crime”, informou a delegada Vivian Duarte.

De acordo com Vivian, os filhos confirmaram que a mãe era agredida. No inquérito, a polícia aponta outras motivações possíveis para o crime, como o fato de que o agricultor costumava beber, e a descoberta de que ele matinha um caso extraconjugal.