O aposentado Ireno Pretzel, de 66 anos, foi preso na quarta-feira (14) em Arroio dos Ratos (RS). Ele estava foragido desde setembro acusado de matar a mulher, a médica pediatra Lúcia Regina Gomes Schultz, de 60, em março de 2020, em Itapema, litoral de Santa Catarina.

De acordo com a polícia, a prisão de Ireno ocorreu após uma denúncia anônima de uma pessoa que reconheceu o acusado em um ponto de vacinação contra a covid-19, na terça-feira (13). Segundo o delegado Marco Schalmes, da Delegacia Regional de Charqueadas, o aposentado chegou a ser vacinado.

“Os policiais nos passaram a informação de que ele estaria aqui na região e checamos o endereço, onde o vimos hoje na frente da residência”, detalhou Schalmes ao Uol.

Conforme as autoridades, o homem chegou a ser preso no dia do crime, mas conseguiu liberdade em 3 de junho. O aposentado estava foragido desde setembro após novo mandado de prisão preventiva. Ele estava vivendo em Arroio dos Ratos desde dezembro.

De acordo com as investigações, Ireno conheceu a mulher com quem estava morando em um aplicativo de relacionamentos. A atual companheira afirmou que não sabia dos delitos praticados por Pretzel e ainda duvidou dos policiais. “Ela não acreditava na gente mesmo mostrando o mandado de prisão. Coloquei o nome dele no Google, mostrei as reportagens e, aí sim, acreditou, começando a chorar”, contou o delegado ao Uol.

Ainda segundo Schalmes, o réu não reagiu à prisão e aguarda decisão administrativa para saber se vai esperar pelo julgamento no Rio Grande do Sul ou se será transferido para Santa Catarina. A defesa do aposentado afirmou ao Uol que já entrou com um pedido de liberdade no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que Pretezel aguarde o julgamento em liberdade.

Lúcia foi assassinada no dia 20 de março de 2020, após uma discussão entre o casal. Segundo a polícia, Pretzel teria esganado a esposa. Os vizinhos acionaram a Polícia Militar, que arrombou a porta da residência e encontrou a vítima morta. Os dois tinham um relacionamento desde 2013.