Resumo:

  • André Ávila, de 37 anos, é suspeito de ter matado a namorada, Laila Vitória, 20, e carbonizado parte do corpo dela em uma lareira;
  • André se apresenta como um lorde satânico de uma religião que ele mesmo criou, e Laila era seguidora dele;
  • Testemunhas relataram que o relacionamento dos dois era conturbado.

A Polícia Civil procura André Ávila, de 37 anos, por ele ser suspeito de ter matado a namorada, Laila Vitória, 20, e carbonizado parte do corpo dela em uma lareira da sua residência, localizada no bairro Lomba do Pinheiro, na zona leste de Porto Alegre (RS).

A delegada Cristiane Machado Pires Ramos, que é a responsável pelo caso, afirmou em entrevista à IstoÉ que André se apresenta como um lorde satânico de uma religião que ele mesmo criou. Laila era seguidora dele e os dois se conheceram por meio das redes sociais.

A jovem era natural do Paraná e estava em Porto Alegre desde fevereiro deste ano. Algumas testemunhas relataram à Polícia Civil que o relacionamento dos dois era conturbado e André falava que iria matá-la porque não aceitava alguns comportamentos dela.

Também há relatos de que ele fazia uso de remédios controlados sem acompanhamento médico. “Além disso, ingeria em excesso bebidas alcoólicas. Os próprios familiares afirmam que ele ficava muito agressivo nesses momentos”, relatou a delegada.

No sábado (27) à noite, vizinhos ouviram gritos de socorro vindo da residência de André e também escutaram o barulho de um tiro, que foi efetuado contra o celular de Laila.

A polícia foi acionada e, quando chegou ao local, encontraram o corpo da vítima. Ela foi morta por um golpe de espada no tórax. “Havia marcas de defesa no corpo da jovem, o que indica que houve luta corporal. Por conta disso, não há nenhum sinal que leve a entender que a morte tem relação com a religião criada por ele”, explicou a delegada.

Ela ressaltou que o caso é investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) Porto Alegre como feminicídio.

Procurado pela IstoÉ, o advogado Jean Maicon Kruse, que representa André, informou que o seu cliente “não praticou os atos a ele imputados na forma que vem sendo estampados em alguns veículos de imprensa local. É necessário esclarecer que a defesa demonstrará a verdade real dos fatos”.

“A defesa mantém contato com a autoridade policial gaúcha para mediar a apresentação espontânea de seu cliente, o qual se colocará imediatamente à disposição para colaborar e contribuir com a elucidação dos fatos”, completou.

Passagens policiais

A delegada Cristiane informou que André possui passagens policiais por alguns crimes, o delito mais recente foi triplo homicídio tentado contra dois policiais militares e uma pessoa com a qual havia se desentendido.

Por conta disso, ele era monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica. O aparelho mostra o último sinal de André em uma área de mata, localizada atrás da residência dele.