A Defesa Civil do Rio Grande do Sul está orientando os moradores resgatados na região metropolitana de Porto Alegre a não retornarem para áreas inundadas. Segundo o órgão, esses locais “estão, ainda, sob alto risco, seja relacionado à condição física, bem como ao risco à saúde humana pela transmissão de doenças”.

O último boletim divulgado pela Defesa Civil nesta quarta-feira, 8, às 9h, informa que 414 cidades foram afetadas pelas chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. O número de mortos segue em 95 e outras quatro mortes estão em investigação. 

Ainda conforme o boletim, as inundações já afetaram mas de 1,4 milhão de pessoas. Quase 159 mil pessoas estão desalojadas, 66,4 mil estão em abrigos, 128 pessoas estão desaparecidas e 372 ficaram feridas.

Em Porto Alegre e na região metropolitana, a água pode levar cerca de 30 dias para ficar abaixo do nível de inundação. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) divulgaram um gráfico que mostra que o nível do Guaíba deverá ficar bem acima da cota de inundação, que é de 3 metros, por pelo menos mais dez dias e muito provavelmente além disso.

Um dos cientistas, o hidrólogo Fernando Fan, professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, declarou à TV Globo que podem se passar cerca de 30 dias até que o Guaíba fique abaixo do nível de 3 metros.

Na cheia histórica de 1941, que inundou o centro de Porto Alegre, com o nível do Guaíba chegando a 4,76 metros, ele só voltou ao nível de 3 metros depois de mais de um mês.

Previsão de mais chuva

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta para esta quarta-feira, 8, com perigo potencial para chuvas intensas na região devido a chegada de uma frente fria.

O volume total de chuva pode chegar a 50 milímetros (mm) em 24h, com ventos de até 60 km/h.