O território do Rio Grande do Sul sofreu com chuvas e temporais nesta sexta-feira, 29. Até a tarde desta terça-feira, 30, 75 municípios haviam registrado algum dano decorrente das tempestades e mais de 300 pessoas tiveram de deixar suas casas e ir para abrigos públicos ou residências de parentes, conforme a Defesa Civil. Pelo menos duas pessoas morreram, 18 estão desaparecidas e 11 rodovias foram bloqueadas.

Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul,  76 municípios foram afetados, pelo menos 242 pessoas estão em abrigos e 95 desalojadas.

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Um alerta foi emitido na noite de ontem um alerta para as fortes chuvas válido até as 11h desta terça-feira e aumentou o limite para as 17h. Nas instruções, as autoridades recomendavam que as pessoas buscassem abrigo e não atravessassem alagamentos a pé ou de carro.

Apesar disso, dois homens, um de 69 anos e outro de 65, morreram após tentarem passar por um alagamento em um carro e serem arrastados pela correnteza na cidade de Paverama (RS), cidade que fica a cerca de 95 quilômetros de Porto Alegre.

Na RS-431, altura de São Valentim do Sul, uma ponte cedeu e o trecho teve de ser bloqueado. Outras dez rodovias foram interditadas por conta de fatores como deslizamentos de terra, alagamento e erosão.

Para esta terça-feira, a Defesa Civil emitiu duas notas válidas por 24 horas referente à possíveis inundações nos rios Taquari, a partir de Muçum (RS), e Jacuí, com início em Cachoeira do Sul (RS).

Em seu perfil oficial no X (antigo Twitter), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), reforçou que as chuvas se intensificam no estado. “Já temos alagamentos em algumas regiões e nossas forças de segurança estão atuando em resgates e apoio à população. Nesse momento, o mais importante é evitar risco e se proteger”, declarou o político, fornecendo os números de telefone 190 e 193 como contatos de emergência.

Além da fala, o governador afirmou que acionou o Ministério da Defesa para que helicópteros e embarcações sejam enviadas para contribuir no resgate das áreas mais afetadas pelas chuvas.

Durante uma coletiva realizada às 13h30 desta terça-feira, 30, Eduardo Leite reiterou que deslocamentos só devem ser feitos se estritamente necessários. “A gente não quer perder vidas que são evitáveis. Protejam a si e suas famílias”, apontou o político, recomendando que as crianças não sejam levadas às escolas durante este período. “A gente recompõe aulas depois, não tem problema em relação a isso.