Na tarde de quarta-feira (6), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul conseguiu impedir um possível massacre ao descobrir uma carta feita por um adolescente, de 13 anos. Ele tinha como plano assassinar seis colegas de turma, uma professora e atear fogo na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Santa Helena, localizada no bairro Camobi, em Santa Maria (RS). As informações são da revista Forum.

Na carta, intitulada “Operation Rache” (Operation significa operação, em inglês, e Rache, vingança em alemão), o adolescente desenhou um mapa da escola, sinalizou a localização das câmeras e segurança e escreveu “molotov” nas duas saídas da instituição de ensino.

Ele também escreveu, em inglês e alemão, frases como: “Arma (qualquer tipo), cianeto (se conseguir a arma, não será necessário), isqueiro ou fósforo, uma garrafa, álcool e uma faca”.

Na lateral direita da folha, ele colocou os nomes dos seis estudantes que seriam os seus alvos e o da professora.

Ao ser abordado pela polícia, o adolescente negou tudo no início, “mas depois, quando eu conversei, ele assumiu a autoria do plano. Ele disse que planejou há mais ou menos um mês porque estava com muita raiva dos colegas. Nós fomos até a casa dele, os pais ficaram surpresos. Ele será encaminhado para acompanhamento psicológico. Como envolve um adolescente, agora vamos enviar inquérito à Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente”, disse o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, em entrevista ao Diário de Santa Maria.

Nesta quinta-feira (7), a diretora da escola municipal, Silvana Alegransi, informou em entrevista coletiva que ninguém notou um comportamento estranho do adolescente ou algo que indicasse que ele planejava um massacre.

“Ele sempre foi nosso aluno, faz oito anos que está na escola, e era tranquilo, nós não tínhamos sérios problemas com ele, de comportamento ou de rendimento. Esse fato em si vem nos ensinando muito a nós, educadores, professores, comunidade em geral, e, principalmente, as famílias, sobre como prestar atenção ao comportamento dos nossos filhos”, disse.

A carta em que o adolescente planejou o possível massacre foi divulgada por meio do Twitter do vereador de Porto Alegre Leonel Radde (PT-RS), que é policial civil e atua contra os movimentos nazistas e fascistas no estado.