O torcedor do Rostov não esquecerá tão cedo desta quarta-feira, quando comemorou uma das maiores glórias da história do clube. Estreante na fase de grupos da Liga dos Campeões, o time russo conseguiu sua primeira vitória na história neste estágio da competição, e logo diante de um dos maiores gigantes do continente. Em casa, derrotou o Bayern de Munique de virada, por 3 a 2.

Nem o fato de não ter mais chances de classificação às oitavas de final da Liga dos Campeões impediu a festa do Rostov em seu primeiro triunfo no torneio. O resultado levou o time a quatro pontos, na terceira colocação do Grupo D, com grandes chances de se classificar à Liga Europa. A vaga virá em caso de triunfo sobre o PSV na última rodada, dia 6 de dezembro, na Holanda.

Já o Bayern decepcionou mais uma vez. Repleto de desfalques e vivendo um de seus piores momentos nos últimos tempos, deverá ter que se contentar com a segunda vaga do grupo. Tem nove pontos, contra 12 do Atlético de Madrid, que ainda atua nesta quarta contra o PSV. Na última rodada, encara justamente o time espanhol, na Alemanha, também no dia 6.

O JOGO – Desde o início o Rostov deixou claro que não aceitaria o teórico favoritismo do Bayern. Para surpreender, negou-se a ficar apenas na defesa e assustou pela primeira vez logo aos oito minutos. Cesar Navas lançou em profundidade, Ulreich tentou sair fora da área ao melhor estilo Neuer mas errou. Erokhin desviou de cabeça e marcaria se não fosse Bernat aparecer para tirar a bola em cima da linha.

Apesar do susto, o Bayern mantinha a posse de bola, criava pouco, mas insistia pelos lados do campo. E em seu primeiro grande momento, abriu o placar. Aos 35, Renato Sanches fez bela jogada pela esquerda, cruzou e o goleiro Dzhanaev espalmou. A defesa, então, afastou mal e a sobra ficou com Douglas Costa, que chegou batendo com estilo, de primeira.

A partida parecia controlada, mas um erro de Douglas Costa na saída de bola resultou no empate do Rostov. O brasileiro tocou mal para Boateng, a bola chegou até Azmoun, que arrancou em velocidade e ainda deixou o mesmo Boateng no chão antes de tocar na saída de Ulreich, aos 43.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Foi o suficiente para o Rostov crescer no segundo tempo, ganhar o campo de ataque e virar o placar logo aos quatro minutos. Noboa arrancou, entrou na área e foi derrubado por Boateng. O árbitro marcou pênalti, que Poloz cobrou no canto esquerdo, deslocando o goleiro.

Desta vez foi o Rostov que mal teve tempo para comemorar, porque somente dois minutos depois o Bayern voltou a deixar tudo igual. Renato Sanches começou a jogada pela esquerda, a bola passou pelos pés de Ribéry e chegou a Bernat, que encheu o pé mesmo sem muito ângulo e marcou belo gol.

A partida ficou aberta. O Bayern atacava, mas cedia os contra-ataques tão perigosos para o Rostov. Em um deles, Poloz foi derrubado por Thiago Alcântara quando arrancava sozinho. Noboa cobrou a falta da entrada da meia-lua com muita categoria, no canto esquerdo do goleiro, que não alcançou.

A partir daí, só o Bayern atacou, insistiu no campo de ataque, mas muito mais na base do esforço do que da criatividade. O time alemão, irreconhecível, insistia apenas nos cruzamentos, facilitando a vida do Rostov, que também soube se comportar para segurar a histórica vitória.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias