A prisão de Ronaldinho Gaúcho e do seu irmão Assis por apresentarem passaportes falsos fez com que Alexis Penayo, diretor de migração do Paraguai, renunciasse ao cargo. De acordo com Euclides Azevedo, ministro do Interior do país, Penayo e sua equipe deveriam ter impedido a entrada do ex-jogador.

Para se defender, Alexis disse ter provas de que o ministério foi avisado. Além disso, o ex-diretor afirma que o documento apresentado por Ronaldinho era autêntico quando o craque passou pelas autoridades. Entretanto, ele entende que, depois da triagem, o documento foi alterado.

“Tenho a prova de que alertei o ministro. Eu o informei, via WhatsApp, que os dados (dos documentos apresentados) não figuravam no sistema (…). Ele não respondeu”, disse Penayo, segundo o ABC. “Tenho as provas de que alertei o Ministério do Interior e o diretor de identificações. Enviei as fotos dos passaportes e disse: não figuram no sistema”, reforçou.

Ronaldinho e seu irmão Assis desembarcaram na manhã desta quinta-feira (5), no Paraguai, e passaram pelo Departamento de Migrações, de acordo com relato do jornal ABC. No aeroporto, os dois apresentaram identificações falsas. O problema foi repassado ao ex-diretor, que comunicou o ministro Euclides Acevedo.

O documento apresentado por Ronaldinho foi passado ao craque pelo empresário Wilmondes Sousa Lira, que também foi preso nesta quinta.

“Eu informei sobre minhas ações. No entanto, a Polícia o escoltou desde que chegou até altas horas da noite. Escoltaram com base em quê? Por que, se tinham esses dados, não me denunciara e detiveram Ronaldinho?”, questionou Penayo.