Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Romero Jucá e Valdir Raupp, ex-senadores do MDB, no banco dos réus do STF

Enviado ao STF em razão do foro privilegiado, processo contra Jucá e Raupp apura supostos repasses da Odebrecht Ambiental e da NM Engenharia a campanhas

Reprodução/Instagram Romero Jucá
Foto: Reprodução/Instagram Romero Jucá

O STF abriu no último dia 15 uma ação penal contra os ex-senadores do MDB Romero Jucá e Valdir Raupp por corrupção e lavagem de dinheiro.

Como mostrou a coluna, o processo, instaurado originalmente na Justiça Federal de Brasília em outubro de 2021, havia sido enviado ao Supremo depois de a corte redefinir os limites do foro privilegiado, em março. A defesa do próprio Jucá havia pedido que a ação penal “subisse” ao Supremo.

Os autos da primeira instância chegaram ao STF em junho, por meio de uma petição, a partir da qual foi aberta a ação penal. O caso tramita em segredo de Justiça na corte e tem Edson Fachin como relator.

O processo trata de supostos pagamentos de propina pela Odebrecht Ambiental e a NM Engenharia, por meio de doações de campanha. Os repasses teriam sido feitos entre 2008 e 2012, em troca da influência dos então senadores sobre a Transpetro. A subsidiária da Petrobras era comandada por Sérgio Machado, figura ligada ao MDB do Senado, que fechou delação premiada e também é réu na ação penal.

Romero Jucá e Valdir Raupp estão desde 2019 sem mandato no Congresso. Jucá segue ativo nos bastidores de Brasília e tem atuado como lobista.

Pelo novo entendimento do STF sobre o foro privilegiado, a prerrogativa segue valendo mesmo após autoridades deixarem o cargo, em casos que envolvam crimes cometidos durante o exercício da função e em razão da função.

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