O senador Romário (PL-RJ) é alvo de uma investigação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostos desvios em uma ONG ligada à Secretaria Municipal de Esportes do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo UOL e confirmada pela IstoÉ com fontes do Judiciário.

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Romário teria recebido valores da ONG e se favorecido em contratos da secretaria. O processo corre sob segredo de Justiça e tem o ministro Kassio Nunes Marques como relator.

Além do ex-jogador, o vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz, também é alvo do inquérito. Braz acumula a função no Ninho do Urubu com a de vereador da capital pelo PL.

A denúncia contra Romário e Marcos Braz foi feita pelo empresário Marcos Azevedo da Silva, em delação premiada à Procuradoria-Geral da República. Silva já era investigado pelos desvios.

Na delação, segundo o UOL, Marcos afirmou que o vereador era o responsável pela retirada das remessas. Em seguida, parte do valor era destinado ao senador. A IstoÉ tentou contato com Romário e sua assessoria de comunicação, mas não obteve resposta até o momento. A reportagem também entrou em contato com Marcos Braz e seu gabinete, mas as ligações não foram atendidas.

Em publicação nas redes sociais, Romário afirmou que as acusações são “infundadas e sem provas”. Segundo o senador, a denúncia já foi anulada pelo STJ por “falta de credibilidade do delator”.

“Reitero que nunca poderei falar pelos outros, apenas por mim. Afirmo que fui, sou e sempre serei responsável pelos meus atos. Por isso, acredito na Justiça e no inquestionável arquivamento da investigação. Aos babacas de plantão e àqueles que remam contra, torcendo pelo meu insucesso, digo que estou no momento mais feliz da minha vida. Nada me abala. Nada me afeta. Continuo dormindo tranquilo, como sempre dormi, nesses 14 anos de política”, escreveu.