O Céu Que Nos Oprime, livro que inspirou o filme Jojo Rabbit, foi lançado originalmente em 2004 e chega agora ao País, pela Bertrand, na esteira da estreia do filme e dentro do nicho best-seller de publicações sobre a Segunda Guerra Mundial.

É o segundo livro de Christine Leunens – ela estreou em 1999 com Primordial Soup -, mas o primeiro a ganhar repercussão internacional. Os direitos de O Céu Que Nos Oprime já foram vendidos para mais de 20 países e ele começa a ser publicado mundo afora. O livro também ganhou adaptação para o teatro na Nova Zelândia, onde a autora, que nasceu nos Estados Unidos, vive.

A história, mais dramática do que satírica, ao contrário do filme, é narrada por Johannes. Nascido em Viena em 1927, ele faz parte da ala júnior da Juventude Hitlerista, e concorda com os ideais nazistas, até que descobre que seus pais escondem uma jovem de origem judaica atrás de uma parede falsa em casa. Eles desaparecem e o garoto, ora horrorizado pela presença da moça e ora obcecado por ela, ora amando Elsa e ora a odiando, percebe que é o único que sabe de sua existência.

Em entrevista recente a um veículo americano, a autora disse que seu livro se torna “relevante” neste momento de angústia com relação ao futuro – por causa do digital, das mudanças climáticas, da migração, da instabilidade econômica, do terrorismo, do racismo e da ascensão da extrema-direita no mundo.

Ela comentou ainda a questão da sátira. “Nós buscamos o nosso próprio equilíbrio entre drama e humor – o diretor Taika Waititi pendendo mais para o humor e eu para o drama. Mas é geralmente depois de uma risada que somos levados de volta para uma realidade onde as coisas não estão certas, para emoções profundas e tristes, como quando tomamos conhecimento da situação absurda e trágica de Johannes e Elsa”, disse a escritora de 55 anos, que foi modelo, tem mestrado em Harvard e é violinista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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