ROMA, 19 DEZ (ANSA) – O prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, anunciou nesta sexta-feira (19) que turistas terão de pagar um ingresso de dois euros (R$ 12,90) para visitar a Fontana di Trevi, um dos monumentos mais famosos da “cidade eterna”, a partir de 1º de fevereiro de 2026.
Segundo o chefe municipal, serão isentos da cobrança somente moradores da região metropolitana de Roma, e a medida pode gerar uma arrecadação de 6,5 milhões de euros (R$ 42 milhões) por ano.
No entanto haverá uma faixa horária de gratuidade para todos entre 22h e 9h.
“A partir de 1º de fevereiro, será instituído um bilhete pago para seis monumentos e museus que hoje são gratuitos: Fontana di Trevi, Villa di Massenzio, Museu Napoleônico, Museu Carlo Barracco, Museu Carlo Pilotti e Museu Pietro Canonica”, disse Gualtieri em uma coletiva de imprensa.
O acesso à praça onde fica a fonte mais famosa da Itália continuará liberado para o público, porém quem quiser se aproximar da bacia do monumento terá de pagar ingresso.
A hipótese de uma cobrança para turistas na Fontana di Trevi já era ventilada havia algum tempo e, na última terça (16), funcionários da Prefeitura tinham afirmado à ANSA que a ideia ainda estava sob análise.
Em 2024, Roma já limitou o público na fonte de travertino a 400 pessoas por vez, o que permitiu estimar o número de visitantes em cerca de 9 milhões por ano, com picos de até 70 mil por dia, de acordo com Gualtieri.
Imortalizada por Anita Ekberg e Marcello Mastroianni no filme “A Doce Vida”, de Federico Fellini, a Fontana di Trevi foi inaugurada em 1762, pelo papa Clemente XIII, e se tornou um dos maiores símbolos de Roma. (ANSA).