Rodrigo Pacheco atira para todos os lados na corrida pela Presidência do Senado

Rodrigo Pacheco atira para todos os lados na corrida pela Presidência do Senado

Promovido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o encontro do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) com o presidente Jair Bolsonaro na semana passada terminou com um amigável almoço fora da agenda. Empolgado com a situação, Alcolumbre chegou a dizer que o seu candidato seria o nome do governo. Ontem foi a fez de Pacheco se encontrar com seis senadores do PT, onde tentou demonstrar que é um nome capaz de manter a independência da Casa. Pacheco ainda corre sozinho na disputa, uma vez que seu principal adversário deve ser anunciado após decisão do MDB, que tem atualmente quatro pré-candidatos: Eduardo Braga, Simone Tebet, Eduardo Gomes e Fernando Bezerra.

Embora Alcolumbre tenha anunciado que seu candidato tem o apoio do governo, Pacheco evitou se apresentar como tal durante a conversa com os petistas. O PT deve anunciar o nome apoiado pelo partido no início de 2021. Segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), Pacheco não chegou a falar sobre Bolsonaro no encontro. “Ele falou sobre a importância de defender as liberdades, a democracia e a Constituição. Quando o indagamos, ele disse ter compromisso com a pauta racial e os direitos humanos. Colocou-se como candidato independente que tem o apoio de Alcolumbre. Pelo prestígio que o presidente atual conquistou no Senado, Pacheco é muito favorito no pleito”, afirmou Paim.

A boa relação entre Alcolumbre e Bolsonaro criou uma negociação paralela à corrida pela presidência do Senado: o atual presidente do Senado pode ocupar um ministério do governo Bolsonaro na reforma prevista para o início de 2021, após as eleições nas casas legislativas. Entre as possibilidades, estão a pasta de Minas e Energia, Deselvolvimento Regional ou até mesmo a Secretaria de Governo.