Sob protestos de parlamentares, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), suspendeu por uma hora a sessão destinada a votar o processo de quebra de decoro parlamentar contra o deputado afastado Eduardo Cunha. A decisão foi tomada menos de 15 minutos depois da abertura da reunião com a presença registrada em plenário de 293 deputados.

Maia alegou que a sua decisão estava baseada no regimento interno da Casa e que era preciso ter um “quórum adequado” para votar o processo contra Cunha. Ele afirmou que algumas semanas atrás combinou que só realizaria a sessão com mais de 400 deputados. “Quando eu falei que começaria com quórum qualificado (há algumas semanas), todo mundo concordou”, disse.

A decisão de suspender a sessão gerou críticas no plenário. O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), afirmou que a suspensão vai beneficiar Cunha. “Deputado que não registrar presença quer absolver Eduardo Cunha”, afirmou.

Jandira Feghali (PCdoB-RJ) pediu a Maia que deixasse a sessão transcorrer porque, como é praxe na Casa, com o passar do tempo os congressistas iriam chegar. Ele apelou para deixar a sessão aberta para que os deputados pudessem se pronunciar.