O deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil) é o segundo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) preso desde a promulgação da Constituição de 1988.
Bacellar foi preso nesta quarta-feira, 3, pela Polícia Federal, alvo da Operação Unha e Carne. Segundo a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações da Operação Zargun, em que o então deputado estadual TH Joias foi preso acusado de ligação criminosa com a facção Comando Vermelho (CV).
Em 2017, cinco desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decretaram a prisão preventiva de Jorge Picciani, então presidente da Alerj e do PMDB fluminense.
Picciani foi preso por suspeita de corrupção operada a partir do Legislativo estadual no âmbito da Operação Cadeia Velha.
O então presidente da Alerj foi acusado de manter “relações espúrias e promíscuas” com empresas de transporte público e com o Grupo Odebrecht, segundo o relator do processo. Os deputados teriam recebido propinas de mais de R$ 100 milhões.
Além de Picciani, foram presos à época Paulo Mello, ex-presidente da Casa, e Edson Albertassi, líder do governo.
“Há indicação suficientemente comprovada de que os três deputados receberam por anos a fio” propina para favorecer esse grupo de empresas, afirmou o relator do processo, Abel Gomes.