A Rock Street deste ano tem potencial para não passar despercebida dentro das ofertas dos espaçosos palcos Mundo e Sunset, além da área da música eletrônica. O empresário Roberto Medina, depois de pensar na temática africana, cedeu a curadoria para uma autoridade no assunto do continente, o produtor Toy Lima, com um currículo de Free Jazz, Tim Festival, Heineken Jazz Festival e Buena Vista Social Club. Em 2001, a chamada Tenda Raízes da edição de retorno do Rock in Rio, depois de dez anos de inatividade, também ficou sob sua responsabilidade.

Toy fez da Rock Street uma espécie de passagem obrigatória a quem desejar saber de onde veio qualquer uma das atrações que vão ocupar os palcos do festival. “Vou trazer shows completos de seis atrações que mostram uma África de uma forma sem estereótipos”, diz o empresário. “Será um repertório a cada dia, contando uma história diferente.” O Les Tambours de Brazza chega como “a mais espetacular banda de percussionistas da África Central”. A cantora Mamadi Keita, do Mali, país que entregou o blues formatado em ritmo e harmonia aos Estados Unidos, tem grande história de superação, além de mostrar um timbre de voz muito particular.

Os primos Alfred & Bernard, de uma grande família de músicos do Burundi, onde nasce o Rio Nilo, vão mostrar a incrível semelhança de seus milenares umurudi com os berimbaus que se conhece no Brasil. Ba Cissoko, um griot (cantador) traz sua tradição mandingue, fazendo um afro beat com cora, guitarra, baixo e o tomani-tambor falante, usado em toda a África do oeste em países como Senegal, Gâmbia e Nigéria.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.