A maior banda de rock da atualidade resolveu voltar à concepção original do estilo. Afinal, o rock and roll nasceu nos anos 1950 com um objetivo bem definido: fazer as pessoas dançarem. Depois de um disco repleto de atitude e guitarras pesadas, “Concrete and Gold”, de 2017, o Foo Fighters lança “Medicine at Midnight”, álbum com sonoridade mais leve e pegada mais dançante. O vocalista e guitarrista Dave Grohl, que tem no currículo a honra de ter integrado outra banda essencial na história do rock (box à dir.), apresenta agora uma gama bem maior de influências. Em vez de ficar restrito ao rock pesado e ao punk, com nos seus discos anteriores, o Foo Fighters se espelhou no lendário som da gravadora Motown, nas guitarras melódicas dos anos 1970 e nas fases “dance music” dos Rolling Stones e David Bowie. O resultado ainda é um disco de rock, mas repleto de “groove”. Destaque ainda para a precisão e criatividade do baterista Taylor Hawkins. A produção de Greg Kurstin, que já trabalhou com a cantora Adele, Lilly Allen e o ex-Beatle Paul McCartney, dá uma cara totalmente pop ao álbum. Alguns fãs mais radicais podem até torcer o nariz, mas não serão capazes de discordar: nenhum artista sabe se reinventar como Dave Grohl.

O grunge faz 30 anos

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Poucos álbuns na história do rock influenciaram tanto quanto “Nevermind”, lançado pelo Nirvana em 1991. Além do líder, o vocalista e guitarrista Kurt Cobain, e o baixista, Kris Novoselic, a banda contava com um baterista cabeludo e barulhento: Dave Grohl, hoje líder do Foo Fighters. Lançado há trinta anos, “Nevermind” trazia sucessos como “Smells Like Teen Spirit” e “Come as You Are”, canções que tornaram popular o estilo “Grunge” e deixaram a marca não apenas na música, mas na moda e no comportamento dos anos 1990.