Após a decisão do juiz Paulo Roberto Corrêa, da 8ª Vara Cível do Rio de Janeiro, de suspender a posse de Jorge Salgado e dos novos membros da Assembleia Geral do Vasco, a eleição do clube ganhou um novo episódio. O atual presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, publicou o edital de desconvocação para o evento solene, que está marcado para esta sexta-feira, às 19h30, na sede náutica da Lagoa.

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No entanto, o posicionamento da chapa ‘Mais Vasco’ é de tentar reverter a decisão judicial, e a princípio manter o evento para esta noite. A mobilização entre os apoiadores de Jorge Salgado segue com a proximidade do horário marcado para o início do ato solene.

Entenda o imbróglio sobre a posse de Jorge Salgado no Vasco

Por decisão do juiz Paulo Roberto Correa, da 8ª Vara Cível do Rio de Janeiro, a posse de Jorge Salgado, e dos novos 150 conselheiros da Assembleia Geral do clube, convocada para esta sexta, na sede náutica da Lagoa, está suspensa. O magistrado atendeu a liminar de 12 sócios do Cruz-Maltino, que pretendiam anular o ato solene e validar Leven Siano como novo presidente

Além disso, o documento apresentado pelo juiz estendeu mandato de Alexandre Campello até que o mérito em questão seja resolvido. Ele estabeleceu um prazo de cinco dias para que a “Eleja Online”, que organizou a votação do dia 14 de novembro, apresente a lista de votantes do pleito.

Vale destacar que a decisão de realizar a posse, nesta sexta, foi do atual mandatário Alexandre Campello, após o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, definir que o evento solene seria realizado no dia 25, três dias após o estabelecido pelo estatuto do Cruz-Maltino.

Contudo, a data escolhida está fora do prazo estabelecido pelo estatuto do clube, que coloca a convocação até a primeira semana da segunda quinzena, que termina na próxima sexta, dia 22 de janeiro de 2021. Dessa forma, a decisão para que a solenidade seja realizada no dia 25 fere o estatuto do Cruz-Maltino.

Vasco pediu a saída do Juiz do caso

Mais cedo, o Vasco havia enviado uma petição pedindo que o juiz Paulo Roberto Correa saísse do caso. Cabe salientar, que o magistrado é sócio proprietário (categoria bronze) do Vasco desde 8 de fevereiro de 1986 e votou na eleição presencial do último dia 7 de novembro de 2020. Com isso, os apoiadores de Jorge Salgado defendiam a saída do juiz do caso.

– Dito isso, este magistrado, revelando, desde logo, sua posição de associado ao Clube de Regatas Vasco da Gama, entende que inexiste qualquer mácula à sua imparcialidade para o julgamento da causa, não se aplicando na hipótese dos autos, pelas razões acima expostas, a norma do art. 144, V, do Código de Processo Civil, nem, tampouco, qualquer dos incisos do art. 145 do mesmo diploma, que dispõe sobre as causas de suspeição – palavras do juiz Paulo Roberto Correa no documento.

– De igual sorte, inaplicável e despropositado o argumento de que tendo este julgador participado da eleição ocorrida no dia 07/11/2020, estaria impedido de decidir, o que constitui arrebatado equívoco, pois do contrário não haveria justiça eleitoral no país ou, o que é pior, seus membros magistrados estariam impedidos de exercer o chamado ´sagrado direito ao voto´, fato que não compromete a imparcialidade do signatário – completou.


Alexandre Campello se posiciona após decisão

O atual mandatário Alexandre Campello se manifestou, em sua rede social, sobre a decisão da justiça acerca da posse do empresário Jorge Salgado, representante da chapa “Mais Vasco”.

– Assim como ocorre ao longo de toda a gestão, a Diretoria Administrativa vai cumprir o que a Justiça decidir. Só acho estranho que os mesmos que passaram três anos tentando me tirar da presidência agora queiram que eu continuar… – disse o mandatário em sua rede social.