Roberto Justus e Marcos Mion discutiram em um grupo de WhatsApp neste fim de semana por conta da pandemia do novo coronavírus. Nas redes sociais, um áudio do empresário foi divulgado, no qual ele afirma que a doença é uma “gripezinha leve”. As informações são do portal Yahoo.

A mensagem foi enviada após Mion compartilhar um vídeo do doutor em microbiologia da USP, Atila Iamarino. Na gravação, o especialista afirma que o Brasil pode chegar a um milhão de contaminados caso a população não siga as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

https://twitter.com/hemattos/status/1241999133885562880

“O Brasil é tão abençoado por Deus que aqui vai matar um milhão… Em nenhum lugar no mundo! Quando você faz um argumento desses não dá nem pra discutir. É uma desinformação tão grande. Sem querer te ofender, pelo amor de Deus, respeito seus pensamentos, mas você está totalmente errado”, disse Justus no áudio.

“Quem entende um pouco de estatística, que parece que não é teu caso, vai perceber que é irrisório. Dos que morrem, mesmo dos velhinhos, só 10 a 15% morre. Se pegarmos o vírus, o que seria bom, a gente pegaria anticorpos e ele já morreria de uma vez”, afirmou o empresário.

Justus falou ainda sobre os problemas econômicos gerados pela “histeria” envolvendo a pandemia. “Vai custar muito caro. Você está preocupado com os pobres? Você vai ver a vida devastada da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, dos pobres não ter o que comer, das empresas fecharem, do desemprego em massa, não dá pra comparar com um vírusinho, que é uma gripezinha leve para 90% das pessoas.”

O empresário argumentou também que o vírus não vai matar ninguém da favela. “Não tem nenhuma pessoa que morreu que não tivesse outras doenças. Na pessoa saudável zero e na favela não tem só gente doente não. Não vai acontecer porr* nenhuma se o vírus entrar na favela, pelo contrário. Essa molecada que tá na favela nem fica doente. Não vou alongar que vocês detestam gravações longas, mas um milhão de pessoas mortas no país é uma piada de mau gosto”, finalizou.

Por meio de nota, a assessoria de Mion informou que o áudio é “apenas uma parte de uma conversa de um grupo de amigos e se referia a um vídeo, não do Mion, mas de um pesquisador, o biólogo especializado em virologia, Átila Iamarino”.

“O vídeo, colocado no grupo pelo Mion, traz prospecções de diferentes cenários para diferentes variáveis. Não se tratava de uma única afirmação determinista. Os integrantes do grupo discutiam livremente em cima das possibilidades colocadas pelo especialista, assim como discutem várias outras prospecções e cenários”, diz a nota.