As voltas que o mundo dá: o ex-deputado Roberto Jefferson, que fez duríssimos ataques a Cármen Lúcia em outubro de 2022, agora teve um pedido seu distribuído às mãos da ministra no STF.
Em 21 de outubro de 2022, Jefferson xingou Cármen de “bruxa” e “Cármen Lúcifer”, comparou-a a prostitutas, entre outros termos machistas, misóginos e impublicáveis, após um julgamento do TSE contrário à Jovem Pan. Os ataques dele à ministra foram feitos por meio de um vídeo, divulgado nas redes sociais da filha de Jefferson, a ex-deputada Cristiane Brasil.
Agora, os advogados de Jefferson acionaram o Supremo pedindo que sejam anuladas as decisões de levá-lo a júri popular por ter tentado matar quatro agentes da Polícia Federal enviados para prendê-lo, em 23 de outubro de 2022. O habeas corpus foi distribuído ao gabinete de Cármen Lúcia por sorteio nessa terça-feira, 22.
Naquele 23 de outubro, uma semana antes do segundo turno da eleição de 2022, Roberto Jefferson recebeu com tiros de fuzil e granadas os agentes da PF que bateram à porta de sua casa, em Comendador Levy Gasparian (RJ). Os policiais tentavam cumprir um mandado de prisão assinado por Alexandre de Moraes exatamente em razão dos ataques a Cármen, nos quais Jefferson descumpriu proibições de uso de redes sociais e de não atacar ministros do STF.
Alvos dos tiros e granadas lançadas por Jefferson, dois policiais federais ficaram feridos, um deles uma agente.
No pedido ao STF, a defesa de Roberto Jefferson pede a anulação das decisões da Justiça Federal e do STJ que mantiveram o julgamento dele no tribunal do júri. Enquanto o habeas corpus não tem uma decisão definitiva, os advogados solicitaram uma liminar para suspender o processo contra o ex-deputado por tentativa de homicídio.