Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Roberto Jefferson, que já atacou Cármen, agora depende da caneta da ministra

Caiu nas mãos de Cármen um pedido de Jefferson para anular decisões que definiram julgamento no júri por ter tentado matar agentes da PF

Reprodução; Antonio Augusto/STF
Foto: Reprodução; Antonio Augusto/STF

As voltas que o mundo dá: o ex-deputado Roberto Jefferson, que fez duríssimos ataques a Cármen Lúcia em outubro de 2022, agora teve um pedido seu distribuído às mãos da ministra no STF.

Em 21 de outubro de 2022, Jefferson xingou Cármen de “bruxa” e “Cármen Lúcifer”, comparou-a a prostitutas, entre outros termos machistas, misóginos e impublicáveis, após um julgamento do TSE contrário à Jovem Pan. Os ataques dele à ministra foram feitos por meio de um vídeo, divulgado nas redes sociais da filha de Jefferson, a ex-deputada Cristiane Brasil.

Agora, os advogados de Jefferson acionaram o Supremo pedindo que sejam anuladas as decisões de levá-lo a júri popular por ter tentado matar quatro agentes da Polícia Federal enviados para prendê-lo, em 23 de outubro de 2022. O habeas corpus foi distribuído ao gabinete de Cármen Lúcia por sorteio nessa terça-feira, 22.

Naquele 23 de outubro, uma semana antes do segundo turno da eleição de 2022, Roberto Jefferson recebeu com tiros de fuzil e granadas os agentes da PF que bateram à porta de sua casa, em Comendador Levy Gasparian (RJ). Os policiais tentavam cumprir um mandado de prisão assinado por Alexandre de Moraes exatamente em razão dos ataques a Cármen, nos quais Jefferson descumpriu proibições de uso de redes sociais e de não atacar ministros do STF.

Alvos dos tiros e granadas lançadas por Jefferson, dois policiais federais ficaram feridos, um deles uma agente.

No pedido ao STF, a defesa de Roberto Jefferson pede a anulação das decisões da Justiça Federal e do STJ que mantiveram o julgamento dele no tribunal do júri. Enquanto o habeas corpus não tem uma decisão definitiva, os advogados solicitaram uma liminar para suspender o processo contra o ex-deputado por tentativa de homicídio.

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