O diretor de cinema Givaldo dos Santos Serafim, de 54 anos, foi indiciado por assédio sexual, injúria por preconceito e divulgação de cenas de nudez sem autorização praticados contra duas atrizes e um ator durante filmagens para longa-metragens em uma produtora, no Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com a Polícia Civil, o diretor se valia da posição para constranger candidatos a papéis nos filmes.
Segundo as investigações da 5ª DP (Mem de Sá), uma mulher foi “constrangida a praticar atos libidinosos” com ele. Em outra ocasião, a mesma atriz e um homem tiveram que simular atos sexuais, o que excitava Givaldo.
Ainda conforme o delegado Bruno Gilaberte, titular da 5ª DP, o diretor falava aos atores que poderia prejudicá-los caso não fizessem tudo que mandava no filme. “Temerosos e a maioria deles iniciando na vida artística, respeitavam essas ordens mesmo contrariados ou se sentindo constrangidos e ameaçados por conta desse assédio praticado”, afirmou o delegado ao jornal O Globo.
Ao Extra, Givaldo negou todos os crimes. Em setembro de 2012, o diretor chegou a ser preso acusado de ser um dos maiores fornecedores de mídias piratas do Recife (PE), chegando a ser chamado de Mago dos DVDs. Com ele, foram apreendidas 3200 mídias, HDs externos, notebooks, torres de gravação e impressoras.
Givaldo também tem anotações pelos crimes de estelionato, ameaça, lesão corporal, violência doméstica e estupro. “Realizei diversos trabalhos e preparação de elenco nessa época, mas não houve nenhum tipo de assédio sexual, estupro ou outros crimes dessa natureza. Houve a gravação de cenas fortes, mas nada que ultrapassasse o limite do audiovisual, como cenas de penetração ou qualquer coisa que vulgarizasse as artes cênicas”, afirmou o diretor ao Extra.