A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a morte do pequeno Henry Borel Medeiros, de 4 anos. No último dia 8, a mãe Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida e o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), namorado de Monique, levaram o filho dela a um hospital particular. AS informações são do jornal Extra.

Na unidade de saúde, o casal relatou aos médicos que Henry apresentava dificuldade para respirar. De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa do óbito foi hemorragia interna e laceração hepática, provocadas por uma ação contundente.

Para peritos ouvidos pelo jornal Extra, os edemas, equimoses, contusões e hematomas listados no documento não são compatíveis com um acidente doméstico. Monique e Dr. Jairinho prestaram depoimentos na quarta-feira (17), na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Conforme o perito Carlos Durão, da Sociedade Brasileira de Medicina Legal, as conclusões do laudo apontam para “morte violenta”. “Uma queda de uma altura relativamente baixa é pouco provável que esteja na origem dessas lesões traumáticas que observamos”, afirmou ao Extra.

“As lesões são em várias regiões do corpo e com acentuado grau de força provocada por instrumento contundente. Com o laudo, podemos afirmar que a criança foi agredida fortemente, tendo provocado a hemorragia interna e as lesões na cabeça”, afirma Nelson Massini, professor titular de Medicina Legal da Uerj.

“Entreguei o menino perfeito”, diz pai de Henry

Segundo o depoimento do pai do menino, Leniel Borel de Almeida, ele e o filho passaram o fim de semana juntos. Por volta das 19h de domingo (7), o pai deixou o filho no condomínio onde a mãe mora. Na madrugada do último dia 8, Leniel disse que recebeu uma ligação de sua ex-mulher afirmando que iria levar o filho ao hospital.

“A primeira reação foi perguntar [a Monique e Jairinho] o que tinha acontecido. Porque eu não sabia o que tinha acontecido. Entreguei o menino perfeito”, disse o pai ao RJ2, da TV Globo.

Quando o pai encontrou o casal, Monique e Jairinho contaram que Henry havia feito um “barulho estranho” enquanto dormia. “O que poderia acontecer com uma criança dormindo para ter sido um acidente doméstico? Só queria entender. Ele era tudo para mim. Daria tudo que tenho hoje só para ter mais um dia com meu filho”, afirmou Leniel ao RJ2.

Em nota enviada ao Extra, o vereador disse estar “triste” e “sem chão”, “suportando a dor graças ao apoio da família dos amigos”. “As autoridades estão apurando os fatos e vamos ajudar a entender o que aconteceu. Toda informação será relevante”, completou o parlamentar.