Na segunda-feira (12), Jairo Nascimento, repórter da CNN no Rio de Janeiro, foi abordado com um fuzil pela Polícia Militar. O jornalista estava em um veículo acompanhado por dois colegas de trabalho, todos negros, e apontou a ação policial como racista.

“Ouvimos uma viatura com a sirene ligada, pensamos que não era com a gente, mas eles continuaram”, revelou Jairo ao Splash, da UOL. A equipe acabou descendo do carro, Jairo com o microfone da emissora, e o cinegrafista com a câmera em mãos.

“Quando saí do carro, o PM apontou o fuzil para minha cara. E o outro policial apontou para o cinegrafista”, contou Jairo.

O repórter disse que naquele momento seu sentimento era de impotência. O profissional de comunicação enxerga a abordagem como racista. “Eram três negros no carro. Não havia suspeição do veículo. Estávamos com vidros abertos, na velocidade permitida. Qual o critério, senão o racismo? Nenhum”, falou.

Jairo relatou que o policial militar só abaixou o fuzil quando viu o microfone com o símbolo da CNN em sua mão. A equipe foi liberada após o jornalista questionar o policial se estava tudo bem e se poderia seguir seu trabalho.

Nas redes sociais, Jairo Nascimento falou sobre o episódio e explicou que a situação era um caso de racismo estrutural. “Nós, negros, não vamos mais aceitar esse tipo de situação”, afirmou em vídeo.

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