O professor Joel Ramos, da Escola Técnica para Faculdades de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faeterj), desenvolveu uma inteligência artificial (IA) que está sendo preparada para prever tragédias naturais e ajudar as autoridades a se prevenirem e conterem os danos causados. As informações são do O Globo.

O robô, montado no campus da instituição em Petrópolis com peças recicláveis e motores comprados pela internet, ganhou o nome de 14 Bis, em homenagem ao avião pioneiro construído por Santos Dumont.

O 14 Bis pode ouvir e responder perguntas e se movimentar por comando de voz.

Agora, Joel Ramos conversa com a unidade do Corpo de Bombeiros de Petrópolis para compreender quais são as necessidades em casos de emergências.

A sua expectativa é que o robô ganhe a capacidade de fazer previsões climáticas e, a partir de análises de superfícies, consiga identificar as regiões de maiores riscos.

O 14 Bis também poderá ser utilizado no replantio de áreas desmatadas. O que é uma interação tecnológica única no Brasil.

“Este autômato, ainda em fase de testes, tem condições de evoluir para uma unidade capaz de servir como base meteorológica, acompanhar as condições do clima, do solo e, com as devidas adaptações físicas, ser utilizado para analisar até mesmo o calor embaixo da terra e, consequentemente, para o salvamento de pessoas soterradas, por exemplo”, explicou o professor, que possui mestrado em Engenharia Eletrônica na área de IA e consciência de máquina.

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A Faeterj de Petrópolis inaugurou recentemente alguns laboratórios e eles foram abertos à população do município. O intuito dos idealizadores é tornar a Região Serrana uma referência em iniciativas tecnológicas, com o desenvolvimento de softwares, hardwares, robôs autônomos e até simulação da computação quântica.

“Startups e interessados já começaram a chegar com projetos, utilizando nosso espaço para desenvolver inovações. São ações em cooperação com a faculdade, para criar soluções com contrapartidas para o desenvolvimento educacional dos alunos e tecnológico de Petrópolis”, disse a professora Lucimar Cunha, diretora da Faeterj-Petrópolis.

“O nosso diferencial é estimular nossos alunos a criarem seus robôs e projetos do zero, com um processo de aprendizagem ainda mais aprofundado”, finalizou.