Aliados do presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL) e o ex-assessor parlamentar Fabricio Queiroz (PTB) tiveram resultados diferentes nas eleições deste ano, no Rio de Janeiro.

Enquanto Pazuello foi o segundo candidato a deputado federal mais votado no estado com 205.324 votos, Queiroz, que se candidatou a deputado estadual, alcançou apenas 6.701 votos.

Pazuello foi ministro da Saúde no auge da pandemia de Covid-19. Ele entrou no ministério como secretário executivo em abril de 2020 e em junho assumiu o comando da pasta. Em março do ano passado, foi demitido do cargo, sendo substituído pelo atual ministro, Marcelo Queiroga.

Em dez meses como ministro, ele se notabilizou pela obediência total aos desejos do presidente. Atualmente, Pazuello é investigado pela Polícia Federal por sua atuação no colapso hospitalar de Manaus (AM), quando pessoas morreram por falta de oxigênio.

Ele também é alvo de ações de improbidade administrativa. Demora e suspeitas na aquisição de vacinas, além da insistência em tratamentos com medicamentos ineficazes, ocorreram durante a gestão do general.

Já Queiroz se tornou conhecido nacionalmente pelo envolvimento no suposto esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Acusado de obstruir as investigações sobre suspeitas de desvios de recursos públicos no gabinete do atual senador quando ele era deputado estadual, Queiroz foi preso preventivamente em junho de 2020.

Ele passou pouco menos de um mês na cadeia, até conseguir, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o direito à prisão domiciliar. Depois, a mesma Corte lhe garantiu a liberdade.

Queiroz foi denunciado pelo Ministério Público do Rio no ano passado. É acusado de ter operado desvios de salários de assessores de Flávio. A denúncia está parada em meio a um impasse judicial que envolve um pedido de quebra de sigilo e o foro do senador.

* Com informações da Agência Estado