Subiu para 25 o número de mortes confirmadas durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra o tráfico de drogas no Jacarezinho, na Zona Norte da capital carioca, nesta quinta-feira (6). De acordo com a corporação, entre os mortos estão o policial civil André Frias, baleado na cabeça, e 24 suspeitos. As informações são do G1.
Ainda conforme a polícia, dois passageiros do metrô foram baleados dentro de um vagão da linha 2, na altura da estação Triagem. Um morador da comunidade foi atingido no pé, dentro de casa, mas passa bem. Outros dois policiais civis também se feriram.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram pessoas feridas e o som de rajadas e explosões de bombas na favela. Moradores contaram à TV Globo que não conseguiam sair de casa.
https://twitter.com/PenhaCpx/status/1390258784065445891
https://twitter.com/LabJaca/status/1390261662415003648
Operação
A Polícia Civil realiza nesta manhã a Operação Exceptis na comunidade do Jacarezinha. A ação é coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Segundo a corporação, a DPCA recebeu denúncias de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território. “Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, entre outros crimes praticados na região”.
O setor de inteligência da polícia identificou 21 integrantes do grupo, sendo possível “caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra provida de centenas de ‘soldados’ munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo tipo de acessórios militares”.
De acordo com a Polícia Civil, a região do Jacarezinho é um dos quartéis-generais da facção Comando Vermelho na zona norte e abriga “quantidade relevante de armamentos” protegidos por barricadas e táticas de guerrilha adotadas pelo grupo criminoso.