Carolina Teixeira da Silva, de 33 anos, é acusada de ter espionado a Polícia Militar do Rio de Janeiro e passado informações para diferentes pessoas através de mensagens em aplicativos sobre atividades do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). As informações são do jornal Extra.
O celular da suspeita mandou mensagens para quatro diferentes contatos nomeados “Magrinho COR Maio”, “333 Maré”, “Da Prata Magrinho” e “Gabriel Gomes (Aliança Novo)”. Todos eles receberam uma informação de que quatro viaturas do Bope estariam na Avenida Brasil.
Suspeita de espionar a PM, Carolina estava em um carro ao lado de Keley Cristina Domingos dos Santos, de 31 anos. Ambas foram levadas para a 21ª DP do Rio de Janeiro. A suspeita da polícia é de que ela esteja ligada ao Complexo de Israel, criado pelo traficante Álvaro Malaquias Santos Rosa, o Peixão, e que domina o Complexo da Maré e a Vila Aliança.
Carolina e Keley, em depoimento, afirmaram que possuem um apartamento nas Laranjeiras, zona sul do Rio, com uma câmera instalada na janela para observarem a movimentação dos carros da sede do Bope. Keley, porém, disse que nunca perguntou para Carolina sobre a estrutura montada no local.
A polícia alega que a dupla monitorava as tropas em tempo real e que foram detidas em um veículo que acompanhava viaturas do Bope a caminho da comunidade de Manguinhos. Elas foram presas com seis celulares e registros de comunicação com diferentes grupos criminosos e milícias.