Júlio César Perrone Gomes, de 32 anos, teria agredido a pauladas a namorada Valquíria Celina Ferreira Santos, 35, dentro da casa onde os dois moravam, em Nova Iguaçu (RJ). Depois de ficar cinco dias internada no Hospital da Posse, a dona de casa não resistiu aos ferimentos e morreu na noite de quarta-feira (29). As informações são do iG.

De acordo com o pai da vítima, o aposentado Mauro da Silva Santos, de 60 anos, ela e o namorado se conheceram em um bar, localizado no bairro Cabuçu, em Nova Iguaçu, e logo foram morar juntos. “Eles estavam juntos há oito meses. Mas, de um tempo para cá, ele passou a proibir que ela saísse de casa, de se encontrar com familiares e amigos.”

Ainda segundo Mauro, na noite de quarta-feira (22), os dois saíram com um casal de amigos para irem a um bar da região. No local, Júlio teria tido uma crise de ciúmes e eles retornaram para casa.

“A amiga dela contou que ele ficou com ciúmes do amigo que estava com os dois. Eles voltaram para casa, e ele a espancou a madrugada inteira. Na manhã de quinta (23), o meu neto de 10 anos foi em casa buscar o material escolar dele — já que ele havia dormido lá em casa — e encontrou a mãe caída no chão. Ele voltou gritando: ‘A minha mãe está morta, a minha mãe está morta’. Fomos lá na casa e ela estava agonizando e a casa cheia de sangue. Ele espancou a minha filha a pauladas”, narrou Mauro.

Depois de ter cometido o crime, Júlio César fugiu da residência do casal levando os cartões da companheira. Valquíria foi socorrida por amigos e familiares e levada para o Hospital da Posse, onde permaneceu internada até morrer.

O delegado Vinicius Miranda de Moraes, titular da 56ª Delegacia de Polícia (Comendador Soares), informou que solicitou a prisão de Júlio César por feminicídio. “O Inquérito Policial está sendo encaminhado ao Ministério Público, hoje, com o pedido de prisão do indiciado.”

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Valquíria deixou dois filhos, de 8 e 10 anos. O seu corpo será enterrado nesta quinta-feira (30) no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu.

“Tudo o que aconteceu com ela foi uma grande covardia. Agora esperamos a Justiça de Deus e queremos a Justiça dos homens. A minha filha era colada com a minha esposa, que está arrasada”, finalizou Mauro, pai de Valquíria.


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