Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, foi executada a tiros nas proximidades da sua casa, localizada na rua Simeão Schremeth, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense (RJ), na última quinta-feira (2). O companheiro da mulher, Diogo Viola de Nadai, que atuava como professor de química no Instituto Federal Fluminense (IFF), foi preso na noite de terça-feira (7) por ser suspeito de envolvimento no crime.

Diogo foi encontrado na casa de parentes, localizada no bairro Jardim Carioca, no norte do RJ. Ele já havia sido ouvido pela polícia e negado participação no crime. Mesmo assim, o seu passaporte foi apreendido.

Além dele, outros cinco envolvidos na execução foram detidos, como o piloto da moto, o passageiro que efetuou os disparos, o dono da motocicleta e uma pessoa que teria agido como intermediária entre os assassinos e os mandantes.

A detenção dos suspeitos foi divulgada pela 134ª Delegacia de Polícia (Campos), que é a responsável por investigar o caso, no perfil do Instagram. “Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a Delegada Natália Patrão entrega a prisão de todos (5) os suspeitos de participação no covarde crime que executou uma mulher grávida de 8 meses, tentou matar a mãe da mulher, e matou o feto que estava em seu ventre.”

 

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O crime

Letycia, que atuava como gerente de uma distribuidora de Campos, estava grávida de oito meses. Quando retornava para casa em seu carro com sua mãe, Cintia Peixoto Fonseca, e a tia Simone Peixoto, uma moto se aproximou e o garupa efetuou alguns disparos.

Cintia saiu correndo do veículo e tentou segurar um dos autores do crime, mas foi atingida por um tiro em uma das pernas.

Mesmo ferida, ela, com a ajuda de outra parente, tirou Letycia do veículo e a levou para o Hospital Ferreira Machado, mas ela não resistiu. Foi necessário realizar o parto de emergência do bebê, porém ele morreu no dia seguinte.

Por meio de um vídeo divulgado no perfil da 134ª DP, a delegada Natália Patrão afirmou que o piloto da moto confessou o crime.

Ainda de acordo com ela, uma perícia minuciosa segue sendo realizada nos aparelhos celulares dos suspeitos. Por conta disso, mais informações sobre o caso não devem ser repassadas no momento.

Companheiro era casado

Diogo Viola de Nadai, que era pai do bebê da vítima, era casado judicialmente com outra mulher, mas vivia uma união estável com Letycia.

Os dois se conheceram quando Letycia estudou no IFF, em 2008.

Mesmo não podendo fornecer muitas informações sobre o caso, a delegada Natália afirmou que as investigações, a princípio, seguem na linha de crime passional.