O Ministério Público do Rio de Janeiro foi favorável à decisão que liberou o cantor Belo da prisão, no processo em que ele é investigado pela realização de um show, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, no mês passado. No documento, procurador José Luiz Martins Domingues afirma que houve constrangimento ilegal no ato da prisão. As informações são do jornal Extra.

Para o procurador, a prisão temporária ou preventiva não era necessária naquele momento, “uma vez que não havia notícias concretas de que o paciente pudesse atrapalhar o andamento das investigações, empreender fuga ou reiterar a conduta delitiva”.

No documento, o procurador destaca ainda que o artista foi apenas contratado para fazer o show. “Sublinhe-se, no entanto, que as condutas criminosas imputadas ao paciente são graves e demandam ser investigadas, em especial porque praticadas durante o período de pandemia, que reclama o isolamento social, como um dos instrumentos eficazes para evitar a disseminação do novo coronavírus. No entanto, a prisão cautelar possui requisitos a serem preenchidos e deve ser a última ratio”, escreveu no documento.

Como a decisão que liberou o cantor da prisão foi liminar, a defesa ainda aguarda a decisão definitiva sobre o caso. “Nosso trabalho sempre apontou que o Belo não comentou nenhum tipo de crime e foi vítima de uma prisão totalmente ilegal. Nossa estratégia é a de restaurar a justiça que faltou ao cantor”, disse ao Extra o advogado Jefferson Gomes.