A Polícia Civil prendeu no sábado (9) duas pessoas acusadas de matarem o menino Cauã Almeida Tavares, de 10 anos, no último dia 17 de março, em Itaboraí (RJ). Conforme as investigações, a mãe da criança, Suellen da Conceição Almeida, e o padrasto, Allan Ferreira da Silva, teriam simulado uma cena de suicídio. As informações são do jornal Extra.

No dia da morte, estavam em casa Suellen, Allan e o irmão caçula do menino, de três anos. Durante a investigação, a mãe e o padrasto contaram que o garoto teria se enforcado com a guia do cachorro da família. No entanto, a guia nunca foi encontrada pelos investigadores.

Em depoimento, o padrasto alegou que a criança ainda estava viva e que eles tentaram socorrer a criança. Os investigadores, no entanto, desconfiaram da unidade de saúde escolhida pela família para levar a criança.

Conforme a polícia, a UPA de Manilha fica a três quilômetros da casa e o trajeto de carro levaria dez minutos. Porém, Allan dirigiu até o município vizinho para levar o menino para uma UPA em São Gonçalo, um trajeto mais longo.

Além disso, o exame de necropsia, não indicou morte por enforcamento. O menino tinha lesões no pescoço, na nuca e na região cervical. As marcas encontradas no pescoço apontavam para esganadura provocada pelos dedos das mãos, o que comprovaria que não houve suicídio.

Os investigadores também afirmam que na reprodução simulada da morte do menino, o casal caiu em contradição quando os investigadores perguntaram onde a criança tinha sido encontrada. Cada um apontou um lugar diferente.

Testemunhas também contaram para a polícia que Cauã era vítima de agressões dentro de casa. A investigação continua para saber o que aconteceu no dia da morte de Cauã e determinar a conduta dos envolvidos no crime.