Os familiares de Daniel Cunha Guedes, de 24 anos, afirmaram que o rapaz foi baleado e morreu na calçada de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) sem receber socorro. Antes, ele teria tentado roubar um estabelecimento com um outro comparsa e houve troca de tiros com o segurança do local. O caso ocorreu na última sexta-feira (10), em Senador Camará, na zona oeste do Rio de Janeiro. As informações são do G1.

Durante o confronto dos ladrões com o segurança, a jovem Milena de Jesus Hora foi baleada. Ela foi socorrida pela UPA e, depois, transferida para o Hospital Albert Schweitzer. Ela passou por cirurgia e o seu estado de saúde é estável.

Após ser atingido por um disparo, Daniel rendeu o motorista de um carro e pediu para ser socorrido. O seu comparsa conseguiu fugir.

Vídeos mostram que populares agrediram Daniel com chutes e ferramentas. Momentos depois, ele apareceu estirado no chão ao lado de um policial militar.

O irmão dele chegou a pedir que ele fosse socorrido e disse: “Pode levar ele, não, chefe? Deixa eu levar meu irmão! Por favor. Tirar ele daqui?”.

A esposa de Daniel, Sabrina Mattos, também esteve no local e acredita que ele teria sobrevivido caso fosse atendido.

“Pedi aos policiais, eu e o irmão dele, para poder levá-lo para o hospital, para chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Não tinha um bombeiro, não tinha ninguém da saúde lá. Eles falaram que a gente não podia tocar.”

“Eu sei que o que ele fez foi errado, mas acho que todo mundo tem que pagar pelo que faz de errado, não morrer numa calçada”, completou.

Questionada pelo RJ1 sobre o caso, a Polícia Militar informou que Daniel foi encontrado sem vida e os agentes preservaram o local até a chegada da perícia.

A RioSaúde esclareceu por meio de nota que a UPA de Senador Camará não foi acionada para socorrer Daniel. Apenas ajudar a jovem baleada.

“Cabe destacar que o atendimento a Daniel teria acontecido imediatamente caso os profissionais da UPA Senador Camará tivessem sido acionados”, finalizou o comunicado.