João Amorim Franco, afastado de seu cargo como juiz na última segunda-feira (19), é acusado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de cobrar mais de R$ 1 milhão para dar sentenças favoráveis aos réus. O relatório da corregedoria foi obtido com exclusividade pelo RJ1, da TV Globo.

De acordo com uma delação premiada do perito Charles William, que foi preso em um processo que envolvia venda de laudos favoráveis a empresas de ônibus, João Amorim cobrava para nomear os peritos em processos.

Charles disse que o juiz afirmou que passaria a nomeá-lo como perito judicial se ele repassasse a ele 10% de todos os valores recebidos em razão das perícias.

A corregedoria considerou que João Amorim tinha uma renda incompatível com a renda de um magistrado. O juiz fez 43 viagens internacionais em 12 anos, o que representa uma média de mais de 3 viagens por ano. Em lista de bens, o magistrado conta com dois carros importados que, juntos, são avaliados em R$ 360 mil, um apartamento de R$ 4 milhões em Niterói, outro no Leblon, avaliado em quase R$ 900 mil, e uma casa em Búzios.

O Ministério Público solicitou que na próxima semana os desembargadores decidam pela prisão ou não do magistrado, que, por enquanto, vai continuar recebendo salário.

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