A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o caso de estupro contra uma adolescente, de 15 anos, após ela supostamente ser dopada pelos suspeitos. As autoridades identificaram pelo menos 30 gravações do crime que aconteceu em Nova Iguaçu (RJ), no sábado, 3. Os atos teriam sido praticados por dois homens de 20 e 22 anos. O caso foi encaminhado para a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) e a vítima realizou um exame de corpo e delito. As informações são do RJ1, da TV Globo.
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Entenda o caso:
- De acordo com a irmã da vítima, a jovem se recusou a ter relações sexuais com um dos homens, que então a doparam e abusaram dela;
- A adolescente estava na casa de uma amiga quando os rapazes chegaram no local, foi aí que um deles teria fornecido uma bebida com uma substância que a fez ela “apagar”;
- Durante o crime, foram feitas gravações do estupro que acabaram compartilhadas nas redes sociais. Ao menos 30 vídeos já encontrados pelas autoridades foram divulgados entre diversas pessoas. A menina só soube do abuso por conta do compartilhamento dessas gravações;
- Dois celulares foram apreendidos, o de um jovem de 16 anos e de outro que tem 17. Outro adolescente também prestou depoimento ao lado desses na Delegacia de Posse;
- Um dos acusados de estuprar a garota classificou o ato como uma mera “brincadeira”;
- A delegada da Deam afirmou que a vítima prestará depoimento novamente e será ouvida por uma especialista em abuso de menores.
Ao chegar na Delegacia de Posse, a menina não teria sido atendida e agentes das forças de segurança disseram que ela deveria ir para um hospital e tomar medicamentos que evitassem ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Ao retornar, a jovem teria esperado outras quatro horas e não conseguiu registrar um boletim de ocorrência.
No dia seguinte, a vítima foi levada de volta ao local do crime pelas autoridades sem a presença de um responsável. A jovem disse ao Balanço Geral, da Record TV, que os agentes teriam humilhado ela durante a diligência. Um procedimento interno foi aberto pela Polícia Civil para apurar a conduta destes policiais, que declarou que esse procedimento não é compatível com as orientações passadas para os servidores.
Em comunicado à ISTOÉ, a PCERJ declarou que uma equipe especializada está em contato com a vítima e que os fatos ainda estão sendo apurados.