A mãe de um dos jovens forçados a fazer sexo oral no Rio de Janeiro contou que o filho foi diagnosticado com esquizofrenia. A vítima abandonou a escola e passa por acompanhamento psicológico e psiquiátrico, além de fazer uso de cinco medicações. As informações são do Uol.

O caso ocorreu em julho do ano passado quando dois policiais militares e dois seguranças da Supervia (concessionária que administra os trens) tiraram os dois jovens, de 17 e 18 anos, do vagão e os obrigaram a fazer sexo oral. O crime foi gravado pelos homens. Nas imagens, os seguranças ameaçam as vítimas com armas.

Segundo a Polícia Militar, os dois PMs envolvidos no caso estão presos na Unidade Prisional da PM, em Niterói, e respondem um processo administrativo disciplinar. Já os dois seguranças da Supervia foram demitidos.

A família da vítima foi indenizada pela concessionária e, com o dinheiro, comprou duas casas em Paracambi (RJ). Hoje, vivem com o dinheiro do aluguel dos imóveis. Ainda conforme a mãe da vítima, ela largou o emprego e se dedica 24 horas por dia ao filho.

A mãe relata também que desde o dia da abordagem o rapaz já precisou ser internado no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) duas vezes. A primeira internação durou uma semana. A segunda, 15 dias.

“Meu filho conversava, interagia, mas agora ele fica muito na dele, não quer ficar perto de ninguém, fica sozinho. Antes, ele jogava bola, jogava videogame, mas nem disso ele brinca mais. Botei até o videogame na caixa e guardei, pois no último surto ele quebrou vários CDs”, lamentou a mãe ao Uol.

Ainda segundo o Uol, a família aguarda uma indenização do estado. A ação está no Tribunal de Justiça do Rio e corre em segredo de justiça. A Defensoria Pública acompanha o processo.