Dois diretores do Hospital Penitenciário Dr. Hamilton Agostinho de Castro, no complexo de presídios de Gericinó, no Rio de Janeiro, foram afastados pela Justiça. A decisão do juiz Bruno Monteiro Rulière contra Deiverson do Nascimento Costa e Marcio Marinho Wenceslau Madeira ocorre no âmbito da ação que investiga irregularidades no atendimento médico ao preso Diego Caetano dos Santos, de 29 anos, no último dia 14 de julho. As informações são do G1

Imagens do circuito interno do hospital desmentiram a informação de que o preso tenha chegado sem vida à unidade de saúde. Condenado por roubo a mão armada e tráfico de drogas, Diego percorreu de van quase 300 quilômetros de Campos dos Goytacazes, onde estava preso, até a capital carioca para receber o atendimento de urgência. Ele tinha tuberculose e desnutrição grave.

Nas imagens analisadas pela Justiça, Diego aparece com dificuldade de locomoção. Em seguida, ele é algemado e encaminhado para a portaria da unidade. Ainda no corredor de entrada, Diego é encostado na parede e cai ao chão.

No vídeo, é possível observar ainda que o preso fica sozinho por alguns instantes enquanto um agente cuida da documentação. Tempo depois, um profissional de saúde aparece com uma cadeira de rodas, no entanto, Diego já está aparentemente desmaiado. O agente que o acompanhava retorna e tira as algemas dele. Em seguida, o paciente é levado para dentro.

Na decisão, Rulière destaca que o atendimento ao preso só teve início quase uma hora após chegar ao hospital. No atestado de óbito, o médico Breno da Silva Cantizani informou que a causa da morte de Diego foi “indeterminada”.

Em nota ao G1, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que tomou todas as medidas cabíveis para a apuração do caso do óbito do interno.