O pedreiro Cesar de Jesus Amorim, de 42 anos, precisou sair de casa, em Belford Roxo (RJ), e tirar as filhas da escola após ser erroneamente apontado como suspeito de um estupro pelas redes sociais. De acordo com o homem, há quatro meses ele vem sofrendo ameaças por um crime que não cometeu. As informações são do jornal Extra.

No último dia 13 de abril, uma jovem de 22 anos foi assaltada, rendida e violentada no centro de Belford Roxo. O criminoso a obrigou a acompanhá-lo até um terreno baldio. Câmeras de segurança flagraram a ação. A gravação foi postada nas redes sociais e logo algumas pessoas começaram a apontar uma suposta semelhança de Cesar com o homem que aparece nas imagens.

https://www.facebook.com/cesardejesus.amorimcosta/videos/444896666789292/

Conforme o pedreiro, ele chegou a ser investigado pela Polícia Civil e até doou material genético para confrontar com as provas do crime. Segundo o comissário Ribeiro, da DEAM de Belford Roxo, a prisão do verdadeiro suspeito foi registrada pela 62ªDP no dia 7 de maio, quando ele cometeu o mesmo crime em Duque de Caxias (RJ).

O advogado da vítima do crime de Belford Roxo, Denis Venâncio, também confirmou que o verdadeiro suspeito está preso e já foi denunciado pelo Ministério Público.

“Ser ligado a uma situação como essa mudou minha vida totalmente. Tivemos que sair do local que morávamos, tenho medo de andar na rua porque as pessoas poderiam me confundir. Minha filha teve que sair da escola, passou por problemas emocionais também. E tem a questão também de ser tachado de um crime tão horrível e passar pelos julgamentos das pessoas”, lamentou o pedreiro em entrevista ao Extra.

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Ameaças

Conforme Cesar, a decisão de divulgar nas redes sociais as ameaças que tem sofrido veio após um homem armado pará-lo na rua, mesmo após ter mudado de cidade.

“Um homem disse que tinha certeza que eu era o criminoso, que eu tinha cometido o estupro. Eu falei que não era eu, e ele me mandou calar a boca. Ele já estava com a mão no gatilho. Ele disse que estava me caçando e que se a justiça não fosse feita, ele faria”, contou.

Segundo o pedreiro, ele conseguiu sair da situação, após pedir ajuda aos policiais que passavam em uma viatura.


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