Um homem se apresentou à Polícia Militar nesta quarta-feira (28) e acusou o irmão de ter participado da ocultação dos corpos dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo (RJ). Lucas Manhães da Silva, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 anos e Fernando Henrique Soares, de 12 anos, foram vistos pela última vez no dia 27 de dezembro de 2020, em uma feira no bairro de Areia Branca, próximo ao bairro Castelar, onde as crianças moravam. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a PM, o homem e o irmão dele foram conduzidos à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, que investiga o caso, para prestarem depoimento. Os dois possuem passagem na polícia por tráfico de drogas.

Além de denunciar o irmão, o homem também apontou José Carlos dos Prazeres Silva, o “piranha”, como mandante do espancamento e morte das crianças. Já os corpos dos meninos teriam sido levados até um lugar chamado de Ponto do Ferro 38, por onde passa um rio.

Conforme as investigações, a morte das crianças pode ter sido causada pelo roubo de uma gaiola de passarinhos.

No último dia 20, a polícia prendeu Erick Faria de Paula, conhecido como “Rabicó”. Segundo a corporação, há dois mandados de prisão dele e um celular foi apreendido. De acordo com o G1, a polícia acredita que ele pode ajudar a esclarecer o crime, porque ele atuava como traficante da comunidade Castelar.

Em maio, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou uma operação contra traficantes que atuam no Complexo do Castelar, em Belford Roxo. De acordo com a corporação, o grupo é investigado por envolvimento no desaparecimento dos três garotos da comunidade.

O envolvimento de traficantes no caso passou a ser investigado após um homem ser torturado pelo tráfico para que confessasse o crime. O homem, a companheira dele e os quatro filhos também foram expulsos de casa após serem falsamente acusados pelo sumiço das crianças.