O vereador do Rio de Janeiro (RJ) Gabriel Monteiro (PL) é alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (7). Conforme as autoridades, os mandado de busca e apreensão fazem para da investigação sobre o vazamento de um vídeo íntimo de Gabriel fazendo sexo com uma adolescente de 15 anos. As informações são do G1.

O vereador acusa ex-funcionários de vazá-la. Além do parlamentar, outras seis pessoas, entre assessores e ex-funcionários dele são alvos de buscas. Segundo os agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), não há mandados de prisão.

De acordo com o G1, Gabriel pode responder por distribuir material pornográfico envolvendo menores (Artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente). A pena chega a seis anos de prisão mais multa.

Acusações

O parlamentar é alvo de denúncias de assédio sexual, moral, estupro e manipulação de vídeos. As denúncias foram reveladas em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, no final de março.

Em uma gravação para um vídeo divulgado nas suas redes sociais, o parlamentar aparece em uma espécie de praça de alimentação com uma criança em situação de vulnerabilidade, orientando como ela deve falar, para mostrar que ele a estava ajudando a se alimentar.

Somente em uma rede social, o parlamentar tem mais de seis milhões de seguidores. Gabriel Monteiro, do PSD, foi eleito em 2018 com mais de 60 mil votos.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou inquérito para apurar possível violação de direitos da criança que aparece no vídeo divulgado pelo vereador. O MP afirma que a gravação fere os princípios da proteção integral da criança e do adolescente e da finalidade social da internet.

Ainda durante reportagens do Fantástico, Gabriel foi acusado de assédio moral e sexual por ex-funcionários. O parlamentar está sendo investigado também pelo vazamento de vídeo íntimo com uma adolescente de 15 anos.

Conselho de Ética

Por unanimidade, os sete integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiram apresentar uma representação com pedido de cassação do mandato de Gabriel.

Presidente do Conselho de Ética, o vereador Alexandre Isquierdo (DEM) afirmou que os indícios de edição e direcionamento de vídeos, com exposição de crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade, podem configurar a quebra de decoro parlamentar.

“A decisão foi unânime mediante aos fatos já divulgados na mídia, mediante ao que foi discutido e debatido amplamente pelo Conselho de Ética”, explicou.

Segundo Isquierdo, também foram consideradas informações compartilhadas em reunião realizada na segunda-feira (4) com o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, além da apresentação de diversos vídeos recebidos pelos parlamentares e demais denúncias veiculadas pela imprensa. O vereador destacou ainda que Monteiro terá assegurado o seu direito de defesa.

“O Conselho de Ética está tratando o assunto com muita responsabilidade, muita imparcialidade, com total isonomia. O próprio vereador terá espaço de ampla defesa. De forma muito responsável estamos tomando essa decisão hoje”, informou.

* Com informações da Agência Brasil